A família Guadagnin, de Curitiba, pode ser considerada como um bom exemplo de empresa familiar. Além de ganhar dinheiro juntos, Rogério, Sílvia, Gian e Andressa, pais e filhos, também curtem a vida em grupo. A família, dona da Nômade Expedições, realiza passeios de veículos off-road pelo Brasil e América do Sul. As expedições são sempre concorridas e atraem vários grupos.
A família, que antes se dedicava à venda de veículos off-road, descobriu nos passeios uma forma interessante de se viver e obter lucro. "Começamos de forma despretensiosa, realizando pequenas aventuras, aqui mesmo perto de Curitiba, entre os clientes que amavam trilhas e trajetos 4x4. Descobrimos depois que isto poderia ser uma fonte de renda aprazível", conta Rogério.
Atualmente, a empresa realiza cerca de 13 expedições por ano, sendo três internacionais (duas vezes para o deserto do Atacama e outra para o Aconcágua). Juntos, chegam a rodar mais de 120 mil quilômetros por ano. "A gente não cansa. Na verdade, se ficamos mais de 15 dias em casa já sentimos falta da estrada", diz Silvia.
Na maioria das expedições, apenas o casal participa. Os filhos dão suporte em Curitiba. Em média, o casal fica menos de 15 dias em casa antes de iniciar nova viagem. "Faz três anos que não passamos o Natal com nossos filhos. Mesmo assim, gostamos do que fazemos", diz Sílvia.
A primeira viagem profissional do casal aconteceu em 2003, para Aparados da Serra, quando ficaram 15 dias na estrada. O dinheiro que ganham é o suficiente para manter um bom padrão de vida e elaborar novos projetos. "Antes de lançarmos uma nova expedição tomamos todos os cuidados para traçarmos um bom roteiro com pontos de apoio, postos, hotéis, etc", fala Silvia. Cada nova expedição consome cerca de seis meses para sair do papel. "Quem vê de fora, pensa que é só sair e viajar. Mas não é assim. É preciso planejar, pesquisar e conferir de perto todos os detalhes", explica Rogério.
E quem acha que ficar sob o mesmo teto de carro, por grande tempo, pode ser um obstáculo, o casal Guadagnin desmente. "Estamos casados há 33 anos e nunca dormimos de mal um com o outro. Sabemos bem dividir a relação profissional da amorosa. Além disso, o prazer de viver viajando é comum e duplo", finaliza Sílvia.
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