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Turim (Itália) – Como será o automóvel daqui a cinco anos? Para Paola Carrera, diretora do Centro de Pesquisas Fiat (CRF), um dos mais importantes da Europa, o carro terá que enfrentar algumas mudanças como incorporar novas tecnologia e, ao mesmo tempo, ter seus preços reduzidos para enfrentar a concorrência no mercado global.

Para a pesquisadora do CRF, localizado na cidade de Turim, o combustível utilizado daqui a cinco anos em grande parte da frota mundial ainda será a gasolina só que o motor vai ter que ser mais econômico e limpo. E para que o automóvel venha a ter seus custos barateados na linha de produção, algumas peças mais caras terão de ser deixadas de lado, como é o caso dos motores que acionam vidros, travas elétricas e retrovisores.

O Centro já desenvolve há tempos estudos específicos para que estes pequenos propulsores sejam substituídos por um sistema à base de níquel e titânio. Este material, além de resistente, custa bem menos e irá contribuir para reduzir o preço final do veículo.

Segurança

Outros estudos na área de segurança se destinam à redução de riscos de acidentes. Neste campo, os técnicos desenvolvem o uso de laser, câmara e radar, além da conectividade de veículo a veículo, bem como os sistemas de visibilidade sob neblina. Já as fontes alternativas de energia como motores multicombustível a gás metano, gás natural veicular, elétrico, híbrido e célula de combustível são pesquisadas em outra área do CRF. Os cientistas desta área desenvolveram recentemente um carro que não precisa de motorista para se deslocar em áreas centrais. Trata-se do EV-LIFT- Electric Vehicle Lithium Testing, mais conhecido como projeto Amica. Este automóvel, equipado com sensores, segue uma sinalização existente no asfalto e chega até mesmo a respeitar pedestres atravessando a rua. A demonstração para jornalistas brasileiros envolveu três destes protótipos e foi realizada nas ruas internas do próprio Centro de Pesquisas, que registrava grande movimento de funcionários por se tratar do horário de almoço.

Um outro trabalho desenvolvido naquele complexo da Fiat envolve a iluminação do veículo com a troca das atuais lâmpadas por chip led. Conforme os técnicos, este processo reduz o tamanho dos faróis e lanternas garantindo um menor consumo de energia e maior durabilidade ao sistema.

A importância do CRF para a indústria automotiva pode ser medida pelos seus resultados. Suas três divisões – motores, veículos e tecnologia – garantiram até o fim do ano passado 1.568 patentes registradas e outras 1.051 ainda pendentes.

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