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Mesmo com os dois cilindros, ainda sobra espaço no porta-malas (de 520 litros na versão normal do Grand Siena).  Foto: Fiat/ Divulgação
Mesmo com os dois cilindros, ainda sobra espaço no porta-malas (de 520 litros na versão normal do Grand Siena). Foto: Fiat/ Divulgação| Foto:

Sucesso entre taxistas e frotistas, o Grand Siena com opção de ser abastecido também com Gás Veicular Natural (GNV) está de volta. A versão havia saído do catálogo da marca em 2017 e era conhecida como 'Tetrafuel'.

Só que desta vez há uma diferença na oferta: o sedã compacto vem apenas preparado de fábrica para receber o GNV. Ou seja, não traz o sistema que realiza a troca do combustível e nem os cilindros que armazenam o gás. Quem quiser o kit terá de instalá-lo separadamente numa das lojas do ramo.

A preparação de fábrica é opcional e custa R$ 690. Está disponível somente para a versão 1.4 flex Attractive, tabelada em R$ 54.990. O propulsor rende 88/ 85 cv e 12,5/ 12,4 kgfm de torque (etanol/ gasolina). A fabricante não informou o desempenho com o gás, mas geralmente a perda fica em 3%.

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O novo modelo, que perdeu o sobrenome 'Tetrafuel', vem com garantia de 1 ano para kits de quinta geração instalados por convertedores certificados pelo Inmetro.

E essa é uma das vantagens do modelo com predisposição de fábrica em relação a um veículo adaptado 'do zero'. Geralmente transformar o carro seminovo em opção a gás implica na perda da garantia da marca, ou então numa dor de cabeça para convencer - provavelmente via Procon - de que a instalação do kit não foi a responsável pelo problema reclamado pelo dono do veículo.

Foto: Fiat/ Divulgação
Foto: Fiat/ Divulgação

Outra ponto positivo é de que o Grand Siena GNV traz modificações mecânicas em relação ao modelo convencional. O cabeçote do motor apresenta material mais resistente e com nova geometria.

O propósito é aumentar a durabilidade para rodar com gás natural, uma vez que essa substância apresenta uma temperatura de queima mais alta que a do etanol e a da gasolina.

"Há uma mistura mais pobre do ar-combustível, que pode danificar os cabeçotes caso não haja uma manutenção preventiva do sistema e a regulagem das válvulas. A presença do material mais resistente no cabeçote inibe esse risco", diz Wilson Bill, presidente do Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos do Paraná (Sindirepa-PR) e proprietário da Auto Mecânica Bill, convertedora para GNV credenciada pelo Inmetro.

Ele salienta que o kit de quinta geração de GNV, disponível desde 2010, possui injeção eletrônica que despeja o gás natural diretamente na câmara de combustão, eliminando um desgaste prematuro dos componentes do motor, como ocorria em kits de gerações anteriores.

O coletor de aspiração do Grand Siena GNV também foi projetado para receber na posição correta os bicos injetores de gás. Além de aumentar a segurança, proporciona maior rendimento para a conversão, uma vez que melhora o enchimento do motor e a formação da mistura ar-combustível.

Segundo a Fiat, as alterações aumentam a vida útil do motor e evitam uma maior depreciação do veículo para quem optar pela utilização de GNV.

Foto: Fiat/ Divulgação
Foto: Fiat/ Divulgação

Para Herland Zola, diretor Comercial da Fiat Brasil, o Grand Siena foi desenvolvido para atender um público que utiliza o veículo como ferramenta de trabalho e precisa rodar longas distâncias diariamente, como é o caso de taxistas, frotistas e motoristas de aplicativos.

E também oferece um amplo porta-malas para comportar os cilindros e ainda manter um espaço adequado para bagagens - a capacidade normal do sedã é de 520 litros.

Foto: Fiat/ Divulgação
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O modelo vem de série com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros com 'um-toque' e sensor antiesmagamento, computador de bordo, predisposição para rádio, alertas de limite e manutenção programada de velocidade, faróis biparábola e função follow me home (mantém as luzes acesas por um certo período após o desligamento do carro).

Foto: Fiat/ Divulgação
Foto: Fiat/ Divulgação

Retorno ocorre entre 6 e 9 meses

O custo para a instalação do kit gás em estabelecimentos credenciados varia de R$ 5 mil a R$ 8 mil, dependendo do número de cilindros e a capacidade de cada um.

Algumas convertedoras permitem a compra do kit diretamente do fornecedor, com a nota fiscal emitida em nome do próprio cliente. Com isso é possível obter um desconto médio no preço final de R$ 1,5 mil, relativo à tributação que seria paga pela instaladora.

Já as taxas para o pedido de autorização da mudança do combustível no Detran, emissão do novo licenciamento do veículo, inspeção veicular, entre outras, somam um valor próximo a R$ 800 - está incluída a inspeção veicular anual ao preço de R$ 310 (no Paraná).

A montadora garante que o valor investido no kit GNV pode ser recuperado em até seis meses, considerando uma rodagem de 3 mil quilômetros por mês ou (100 km diários) e o preço dos combustíveis.

Já no simulador de Economia da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), o investimento estaria pago em aproximadamente 9 meses. A economia no ano com o posto de combustíveis em Curitiba, por exemplo, seria de quase R$ 5,7 mil em relação à gasolina e de R$ 5,4 mil comparado ao gasto com etanol.

Simulador da Compagas: Gasolina e etanol x GNV.
Simulador da Compagas: Gasolina e etanol x GNV.

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Sem contar o abatimento no IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) em vários estados. No caso do Paraná, a alíquota cai de 3,5% para 1% do valor venal do veículo. O IPVA do Grand Siena GNV zero km é de R$ 1.925. Com o kit, ele cai para R$ 550.

Wilson Bill diz que um veículo equipado com gás consegue economizar até 40% a relação quilometragem por litro (km/l) em relação a um abastecido com gasolina. Ou seja se o automóvel faz 10 km/l com ao derivado de petróleo, ao mudar para o GNV pode chegar a fazer 12,5 até 14 km/l com 1 m³ de gás.

Com R$ 100, é possível rodar 426 km com gás, 245 km na gasolina e 238 km na etanol em Curitiba ou 465 km (GNV), 245 km (g) e 257 km (e) em São Paulo.

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