Lançado no Brasil em abril do ano passado, o Fiat Mobi acaba de passar pela avaliação do Latin NCAP, órgão independente que testa a segurança dos automóveis vendidos na América Latina. E o resultado foi decepcionante: o subcompacto recebeu 1 estrela para proteção de adultos e 2 para crianças, num total de 5 estrelas possíveis.
O modelo mais vendido da Fiat no Brasil, e que figura no top 10 de emplacamentos, teve desempenho ruim no impacto lateral a 50 km/h, com “alta penetração na cabine e deformação importante da coluna B (localizada entre as portas dianteira e traseira)”, segundo explicou Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP. Além disso, a porta traseira do Mobi se abriu, expondo os ocupantes a potenciais riscos.
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O ‘estrago’ foi similar ao verificado recentemente no Chevrolet Onix, que levou nota zero no teste. A colisão lateral foi incluída no programa do Latin NCAP no ano passado, porém, ainda não é exigida pelo governo para a homologação de carros no Brasil, apenas os impactos frontal e traseiro.
Segundo a análise da entidade, outros fatores contribuíram para as notas baixas do Mobi - testado na versão de entrada Easy. É o caso da falta de cintos de segurança de 3 pontos em todas as posições dos bancos e da ausência do sistema Isofix para fixação da cadeirinha infantil - itens que serão obrigatórios a partir de 2020, para modelos inéditos, e de 2022 para todos os zero km.
VEJA O RANKING DE SEGURANÇAS DO CARROS
Melhor na colisão frontal
Já no teste de colisão frontal a 64 km/h, o Mobi teve um resultado melhor, na opinião de Alejandro Furas. A deformação estrutural foi mínima e houve boa proteção aos ocupantes adultos. Mas, na proteção às crianças, foram atribuídas apenas duas estrelas, justamente pela falta do Isofix e do cinto de 3 pontos no banco central traseiro.
Em nota, segundo publicou o site G1, a Fiat Chrysler argumentou que "seus veículos comercializados no Brasil atendem a todas as normas técnicas vigentes de segurança e que apoia toda e qualquer iniciativa que sinalize trânsito e veículos mais seguros.”
A falta de airbags laterais junto com o ruim desempenho estrutural explicam a baixa pontuação obtida.
Testes mais rigorosos
O programa do Latin NCAP passou a contar com critérios mais rigorosos de avaliação para a obtenção da nota máxima, que passou a ter valores mais altos no quesito proteção de adulto.
Além do impacto frontal e lateral, os carros também são submetidos à colisão contra poste (29 km/h) e é testada a eficiência dos controles eletrônico de estabilidade e de tração, quando o modelo vem equipado com o dispositivo - o que não é o caso do Mobi.
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A mudança no protocolo de avaliação fez alguns modelos caírem no ranking de segurança (confira abaixo), perdendo estrelas conquistadas com o protocolo antigo. Nesta lista estão Onix, Fiat Palio, Peugeot 208, Nissan March e Versa.
O impacto lateral acontece por meio de uma barreira deformável montada em um carro de 850 kg, que se desloca a 50 km/h. Até 2015, esse teste era opcional, conforme o interesse da montadora. Agora, ele inclui também bonecos crianças e os respectivos suportes de proteção.
A falta de airbags laterais limitou sua capacidade para proporcionar uma melhor proteção
Se sair bem em todos os quesitos e no nível de equipamentos de segurança, o veículo poderá receber avaliação máxima.
O programa leva em conta os riscos de lesões fatais que apresentam em caso de acidente, tanto para o motorista e passageiro adultos que vão à frente quanto para crianças de 1 ano e meio a 3 anos de idade que ficam atrás nas cadeirinhas infantis.
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No caso do modelo ser reprovado no impacto frontal, a entidade cancela o teste de impacto lateral, classificando-o com nota zero no total.
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