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A trajetória de 22 anos de fabricação do Palio chega ao fim oficialmente. A Fiat anunciou que a segunda geração, chamada de Novo Palio e lançada em 2011, teve a produção finalizada, assim como havia ocorrido em 2017 com as linhas Fire e Way (já destinadas a frotistas). 

As versões com motorizações 1.4 e 1.6 também já haviam se despedido do mercado no ano passado, restando apenas o 1.0. A montadora também confirmou que o Punto sai oficialmente de cena. 

A aposentadoria da dupla abre espaço de vez para que a Fiat concentre suas fichas no Argo, o modelo lançado no primeiro semestre de 2017 e que deverá assumir o papel de best-seller da marca. O Palio deixa de aparecer no site da Fiat ao mesmo tempo em que o sedã Cronos é lançado.

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Sucesso de mercado durante as duas décadas, o Palio foi o responsável por quebrar a hegemonia do Volkswagen Gol como o campeão de vendas no Brasil. Ele assumiu o topo do ranking em 2014, beneficiado pelo convívio nas lojas da antiga e nova gerações. 

Esta liderança durou até agosto de 2015, quando foi superado pelo Chevrolet Onix. De lá para cá, o carro perdeu terreno para modelos mais modernos e para o próprio irmão Mobi, que em 2017 passou a ser o hatch mais comercializado da Fiat- o Palio foi apenas o 37.º no ranking geral.

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Nova Fiat

A decisão de aposentar projetos antigos atende à mudança que montadora vem realizando e que chama de ‘Nova Fiat’. Esta mentalidade é ancorada pela plataforma renovada de produtos, forma por MobiArgoCronosToro e, em breve, uma nova picape compacta.

LineaPalioPunto puxam a fila de uma lista que ainda terá WeekendGrand SienaDoblò. A reformulação da gama tem por objetivo voltar à liderança de vendas no país, perdida em 2016 para a Chevrolet após 14 anos de hegemonia. Atualmente, ocupa o terceira posto, atrás também da Volkswagen

A nova fase prevê ainda a substituição dos motores E.torQ pela família Firefly, lançada no fim de 2016 e que já está MobiUnoArgo e Cronos.

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Uma breve história do Palio:

  • 1996: O Palio é lançado em versões de três e cinco portas. Vinha equipado com motor 1.5 e 1.6 (este com 106 cv). No mesmo ano, surge a opção 1.0, o que faz do Palio o primeiro carro nacional com essa cilindrada a vir equipado com freios ABS e airbags frontais.

  • 1997: a família Palio ganha a companhia da perua Weekend e do sedã Siena. 
  • 1998: a linha ganha a picape Strada e a versão 1.0 do Siena associado ao câmbio de seis marchas. 
  • 1999: estreia da configuração Citymatic, que, apesar da caixa manual, trazia o acionamento automático da embreagem, algo inédito no propuslor 1.0. O sistema migraria para o Palio EX. No mesmo surgem a Palio Adventure e a Strada com cabine estendida. 
  • 2000: a linha de motores Fire estreia na opção 1,25 litro. O 1.0 litro Fire aparece na linha 2001, acompanhado da alteração no estilo e no interior. 
  • 2002: lançamento do Palio Fire, versão de entrada da linha.

  • 2003: modelo renova no estilo e no painel, além de ganhar o motor flex de 1,25 litro, o primeiro da Fiat. Já o 1.8 da General Motors substitui o 1.6. 
  • 2005: o Palio ganha um ar esportivo na versão 1.8R. Ela exibe faixas laterais e cintos vermelhos, repetindo o que o Uno 1.5R na década de 1980.
  • 2007: a Fiat resolve adotar um novo estilo, com elementos ovais, que acaba não sendo bem aceito pelos consumidores. Isso faz a marca mexer nos faróis pouco tempo depois. Esse desenho, o terceiro na linha, não migrou para a versão Fire, que manteve o visual (o segundo) até o fim.

  • 2010: é a vez do motor E-Torq 1.6 entrar no lugar do 1.8 (da GM).
  • 2011: lançada a segunda geração do Palio, com desenho mais atual, dimensões maiores e motores de 1.0, 1.4 e 1.6. A versão mais cara vinha equipada com a transmissão automatizada Dualogic. A versão Sporting segue a proposta do antigo 1.8R.
  • 2014: assume o posto de o carro mais vendido do Brasil, superando o VW Gol, que reinou entre 1987 e 2013. O Fire incorpora a versão Way, com apelo ‘off road’ e suspensão elevada.

  • 2017: Palio Fire sai de produção em janeiro, com o estoque suficiente para atender os frotistas até julho, quando se despede definitivamente da linha de montagem; Em novembro, sai de cena a segunda geração, que nunca repetiu o mesmo sucesso da primeira.
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