Acabou a novela. A Volkswagen finalmente apresentou a sexta geração do Polo, depois de muitos flagras do carro, camuflado e sem disfarce. O avant premiere aconteceu em Berlim, na Alemanha.
A Ali Studio, parceira da Gazeta do Povo, já teve a oportunidade de acelerar a novidade pelas rodovias da África do Sul. Confira como anda a principal aposta da marca para o mercado brasileiro neste ano.
O hatch premium será produzido em solo nacional e a chegará às lojas no último trimestre, quase ao mesmo tempo que na Europa. E terá uma papel importante para a nova fase da Volkswagen no país.
A montadora almeja voltar à liderança em vendas de compactos no mercado brasileiro, com lançamentos inéditos, como o sedã Virtus, derivado do Polo, e o crossover T-Cross, que será feito no Paraná, além de uma ‘nova picape Saveiro’.
LEIA MAIS: Confira os detalhes do Virtus, o futuro sedã compacto da Volks no Brasil
Caberá ao Polo puxar essa volta por cima, batendo de frente com os modelos campeões de emplacamento: Chevrolet Onix e Hyundai HB20, além do novíssimo Fiat Argo, que promete chacoalhar o segmento.
Atualmente as versões mais caras de Onix e HB20 são as mais procuradas e, justamente, entrariam na faixa de preço inicial do modelo da Volkswagen.
LEIA MAIS: Volkswagen confirma produção de inédito crossover na fábrica do Paraná
Ou seja, a gama do hatch começaria um pouco acima de R$ 50 mil, já oferecendo um nível interessante de conteúdo tecnológico e de segurança. E atingiria os R$ 90 mil, ao incorporar todos os opcionais. Assim, a nova geração do Polo ficaria posicionada acima do trio Gol, up! e Fox e abaixo do Golf.
Os europeus poderão comprar o Polo 6 a partir de setembro, com preços que saem de 12.975 euros (R$ 48 mil). Cerca de um a dois meses depois, a novidade surge nas lojas brasileiras.
Gama de motores
Ao olhar as imagens do carro, a associação é imediata ao Golf visto de frente e de traseira ao Polo anterior - que não foi vendido no Brasil - e também ao Gol.
A luz diurna em led riscando a base dos faróis numa linha irregular dá uma certa modernidade ao projeto, realçado pelos vincos acentuados espalhados na carroceria e a imensa entrada de entrada de ar moldando o para-choque.
Em relação à geração anterior, ele cresceu impressionantes 7 cm de comprimento (para 4,05 metros), 9,4 cm de entre-eixos (para 2,56 metros) e 7 cm de largura (pra 1,75 metro), e perdeu 2 cm em altura (para 1,44 metro), o que deixou com um ar mais esportivo.
A Volkswagen não antecipou como será a gama de motores no Brasil, mas na Europa ela varia entre 1.0 MPI, de apenas 65 cv, que não virá para cá, e o 2.0 TSI, de 200 cv, na versão GTI. Há ainda os inéditos 1.0 turbo a gás natural, que gera 90 cv, e o 1.5 TSI Evo, de 150 cv, que desativa um dos quatros cilindros quando toda a potência não é exigida.
No Brasil, é provável que a linha seja equipada com 1.0 MPI (82 cv), 1.6 MSI (120 cv) e os turboflexíveis 1.0 TSI (105 cv ou 125 cv) e 1.4 (150 cv) - este caso uma versão GTI seja oferecida para o mercado brasileiro. As opções de câmbio serão manual ou automática Tiptronic.
Salto na tecnologia
Um dos pontos altos do hatch está no interior, que evoluiu em tecnologia. Na Europa, o modelo exibe uma tela multimídia de 6,5 a 8 polegadas e painel de instrumentos totalmente digital, herdado do Audi TT e Passat.
Há também controle de cruzeiro adaptativo, que freia e acelera o veículo automaticamente conforme o trânsito à frente; frenagem emergencial; alerta anticolisão frontal; monitoramento de pedestres; sensores de ponto cego; sensores de tráfego cruzado à traseira; assistente de estacionamento; e auxílio de manutenção de faixa.
É bem provável que perderá boa parte destes dispositivos quando aportar no Brasil, caso contrário seu preço ficaria inviável para o nosso mercado. Porém outros itens ‘mais simples’ estarão presentes por aqui, como direção elétrica progressiva, controles eletrônico de estabilidade e de tração, ar-condicionado digital, recarga de smartphone sem fio, partida do motor por botão, volante multifuncional e cores no painel central.
No entanto, é possível que o painel 100% digital e a central de 8 polegadas aparece nas versões de topo, já que o Argo mais caro oferece os mimos nas etiquetas mais caras.
Plataforma moderna
O Polo deixou o mercado brasileiro em 2015 e agora voltará construído sob a plataforma MQB-AO, uma derivação um pouco menor da MQB usada pelo Golf 7, Audi A3 Sedan e Q3, todos produzidos na fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba.
Além do hatch, a Volkswagen prepara o lançamento do Virtus, que também terá fabricação nacional até o fim do ano e vendas só em 2018. O três volumes, que ocuparia a antiga vaga do Polo Sedan, ficaria na faixa de preço entre o Voyage e o Jetta.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião