| Foto: João Kleber AmaralProjeção

O programa One Ford revolucionou o seu jeito de ver os carros da marca. O seu Focus, Fiesta, Fusion ou EcoSport são os mesmos vendidos para americanos, europeus, indianos e chineses. Mas, na balança entre benesses e problemas, deu problema. E um foi fatal: a conta não fecha.

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Dizer que a Ford teve prejuízo em suas ações quase foi uma realidade, contudo os lucros, especialmente em países do terceiro mundo, estão abaixo do que se lucra no hemisfério norte. Por essas e outras o One Ford vai morrer.

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Agora a estratégia da marca é oferecer carros alinhados a cada mercado específico, compartilhando apenas a plataforma e ajustados ao custo de produção/lucro individualmente. O primeiro será o novo Fiesta, que chega em novembro, sobre a mesma plataforma B. O próximo será o Focus, da projeção acima, feito sobre a plataforma C.

 

Conectividade 

E o caso do Focus é mais complexo do que parece. O mercado de hatches médios está em franco declínio por aqui (e ao redor do mundo), mas o de sedãs ainda se sustenta. Percebendo isso, a Ford deve descolar o três volumes do hatch, iniciando uma nova jornada, como se fosse um novo produto.

"Já passou da hora de o Focus Sedan ter vida própria. A estratégia de chamá-lo de fastback na última reestilização foi um primeiro passo, o segundo é ele ter um nome de impacto, e é isso o que vamos fazer", revela uma fonte da marca. 

 
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Em suma, o novo sedã do Focus, não será do Focus, e sim um sedã montado na plataforma C, que, apesar de não ser modular, "ainda tem lastro para ser levemente esticada e alargada", segundo fonte da engenharia da marca.

Com linhas arredondadas e mais próximas do que você pode ver no Fusion, o carro ganhará alguns centímetros na distância entre-eixos – melhorando o espaço interno e porta-malas, ambos alvos de críticas – e um interior que condiz mais com o que o consumidor tanto gosta em Toyota Corolla e Honda Civic, as referência que a Ford perseguirá, agora, regionalmente. 

Mais simples que o atual

Produzido na Argentina, o sedã deve ser simplificado em comparação ao modelo de hoje, que atende do mesmo jeito, e com praticamente os mesmos equipamentos, todos os mercados em que a Ford atua. O modelo já está em testes e foi flagrado com pesada camuflagem.

Dentro da premissa de competitividade, o investimento em tecnologias de bordo – como a evolução da assistência autônoma – deve ficar restrito aos modelos de EUA e Europa, enquanto na América do Sul a marca concentrará esforços no aprimoramento da conectividade a bordo, algo que já é realidade no primeiro mundo.

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O acabamento também sofrerá alterações nos modelos sul-americanos em comparação com os do primeiro mundo ficando, obviamente, mais simples. 

 

A marca não revela sua estratégia de motores. Ao que tudo indica, o sedã deve manter o 2.0 16V de injeção direta, que desenvolve 178 cv, mas trocará o câmbio Powershift, automatizado de dupla embreagem, pela transmissão da família 6F-35, que equipa o Ford Fusion quatro cilindros e, mais recentemente, o EcoSport 2.0.

Há a possibilidade de o carro ganhar o motor 1.6 Ecoboost, no entanto isso só deve acontecer na próxima década. O motor tricilíndrico 1.5, que estreou no SUV, também não foi confirmado para a versão de entrada. 

O modelo estreia no segundo semestre de 2018 e chegará antes mesmo do hatch, justamente para evidenciar o fim dessa bela parceria, que merecia mais sucesso.
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Primeiro geração do Focus Sedan. 

Segunda geração do Focus Sedan. 

Terceira geração do Focus Sedan, que adota a nomenclatura Fastback.