A Ford anunciou a estreia em julho do motor 1.0 EcoBoost no Brasil. Sucesso nos EUA e Europa, o propulsor de três cilindros e com turbocompressor rende 125 cavalos e 17,3 kgfm na gasolina (por enquanto, não terá a opção flex). Números que o colocarão como o 1.0 turbo mais potente e com maior torque à venda no país, superandos os 101/105 cv e 16,7 kgfm (gasolina/ etanol) do Volkswagen up! TSI e os 98/ 105 cv e 13,8 e 15,0 kgfm (g/e) do Hyundai HB20 turbo, ambos bicombustíveis.
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Caberá ao New Fiesta hatch ser a porta de entrada deste motor em solo brasileiro, que irá migrar para os outros produtos da marca numa segunda fase. Ele estará associado ao câmbio automatizado Powershift, de seis marchas e dupla embreagem, que atualmente gerencia o 1.6 Sigma de 4 cilindros, com 125/ 130 cv e 15,4/ 16,0 kgfm.
A opção sobrealimentada provavelmente estará disponível em duas versões. A tabela atual da configuração 1.6 aspirada com a caixa automatizada é de R$ 62.490 (SE) e R$ 69.490 (Titanium), o que significa que a novidade deve girar bem próxima a esses valores. Além da 1.6, a 1.5, de 107/ 111 cv e 14,8/ 15,0 kgfm continuarão na linha 2017 do modelo.
Na apresentação do motor feita à imprensa brasileira nesta quarta-feira (25) em São Paulo, a Ford informou que o EcoBoost e o 1.6 Sigma possuem potências semelhantes, porém o bloco menor deixa o modelo 20% mais rápido no comparativo entre os dois.
Na prática, o turbo é capaz de levar o Fiesta da inércia aos 100 km/h em 9,6 segundos, enquanto o 1.6 cumpre a mesma missão em 12,1 s.
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Outra virtude é que o torque demora apenas 1,5 segundo para sair de 50% e chegar até 90%, isso a 1.500 rpm. Ou seja, este é o tempo que a turbina leva para entrar em operação (fenômeno conhecido como ‘turbo lag’) - soprar a mistura ar-combustível para dentro do propulsor. O sistema trabalha com pressões de até 1.5 bar na saída.
Mais leve e eficiente
O uso do 1.0 turbo trará não só ganhos de desempenho, principalmente em baixas rotações, como também melhora no consumo e nas emissões de gases poluentes. “Ele gera a mesma potência de um motor maior, com a economia de um bloco pequeno. O uso de peças de alumínio contribui para reduzir o seu peso e favorecer o desempenho”, diz Enio Dill Gomes, diretor de Engenharia de Motores e Transmissões da Ford América do Sul .
A marca não fala em números, no entanto garante que serão bem competitivos com os melhores anunciados pelo Inmetro, graças também a tecnologias como injeção direta de combustível e comando de válvulas variáveis. Segundo a Ford, ele é 20% mais econômico no consumo de combustível do que o 1.6.
“O EcoBoost 1.0 é uma resposta aos consumidores que querem veículos mais acessíveis e econômicos. Pode ser pequeno em tamanho, mas é grande em tecnologia e inovação.”
Fabricado na Romênia, EcoBoost 1.0 equipa o Fiesta e o Focus na América do Norte; o Fiesta e o EcoSport na Ásia; e na Europa aparece em carros maiores, como Mondeo (versão local do Fusion), B-Max, C-Max, e até em vans comerciais como a Transit Courier.
Além do duplo comando variável (admissão e escape) e injeção direta, ele traz coletor de escape integrado ao cabeçote e correia banhada em óleo, que dispensa manutenção e tem durabilidade por toda a vida útil do motor.
No Brasil, a família EcoBoost estava representada apenas na litragem 2.0 presente no sedã Fusion, com 240 cv e 34,7 kgfm. Há rumores que esse propulsor seja aproveitado no novo EcoSport.
A era dos três cilindros
A chegada do EcoBoost 1.0 confirma a tendência cada vez maior da utilização de motores downsizing como alternativa para melhorar o desempenho, especialmente com a adição do turbo, a economia de combustível e a emissão de poluentes. E os blocos com três cilindros cumprem bem esse papel, também por serem mais leves que os com quatro cilindros.
Assim, o New Fiesta se juntará a Hyundai HB20 (aspirado e turbo), Ford Ka, Volkswagen Gol e up! (aspirado e turbo), Peugeot 208 e Kia Picanto, todos com a opção tricilíndrica. Em junho é a vez do Citroën C3 entrar para esta turma e ano que vem equipar o Fiat Uno e Mobi.
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