No primeiro dia de imprensa do Salão de Detroit (EUA), nesta segunda-feira (11), a Ford exibe a reestilização de meia vida do Fusion, que mudou de geração há quase quatro anos.
O sedã ganhou um retoque no visual, quase imperceptível num primeiro olhar. A grade frontal está mais estreita e larga - adotando o estilo colmeia no lugar dos filetes na versão mais esportiva.
Os faróis foram ligeiramente redesenhados, recebendo um pequeno degrau na parte inferior e dois blocos elípticos na parte interna. O conjunto se completa com luzes diurnas em led posicionadas nas bordas.
Mas a principal novidade é o novo motor EcoBoost 2.7 V6 biturbo, que rende imponentes 329 cavalos e 48,3 kgfm de torque e está associado a transmissão automática de seis marchas. Ele equipa a inédita V6 Sport, que conta com tração nas quatro rodas e mira o BMW Série 3, de 320 cv na configuração 340i.
O sistema ‘all-wheel-drive’ tem um torque adicional de cerca de 13,8 kgfm e o bloco gera 50 cv a mais de potência que os motores V6 de 3.5 litros do Toyota Camry e do Honda Accord, segundo a Ford, que os considera como os principais concorrentes.
O Fusion já chegou a ser equipado com um motor V6 na geração anterior. O bloco com 3.0 litros gerava 243 cv e 30,8 kgfm. Atualmente o Fusion Titanium, versão topo de linha para o mercado brasileiro, é equipada com propulsor 2.0 turbo de 234 cv e 34,5 kgfm.
A variante mais esportiva traz ainda um para-choque exclusivo com aberturas de ar trapezoidais, novas lanternas conectadas por um friso cromado, spolier traseiro e saída dupla de escapamento, além de rodas de 19 polegadas e suspensão inteligente, que possui diversos sensores que a faz se adaptar a diferentes tipos de pavimento, podendo ficar mais rígida ou se antecipar a impactos causados por buracos na via.
A lista de equipamentos inclui também assistente de estacionamento com suporte para manobras perpendiculares, sistema de proteção para pedestres e controle de cruzeiro atualizado.
Botão giratório
No interior, as mudanças mais nítidas estão no console central. A alavanca de câmbio foi substituída por um seletor de marcha circular (idêntico ao usado pela Jaguar e Land Rover) e o porta-copos duplo agora fica a direita.
O sistema SYNC passa a ser de terceira geração e teve seus botões modificados. Destaque para o carregamento sem fio de smartphones no porta-objetos frontal.
A versão híbrida plug-in, chamada de Energi, recarrega as baterias na tomada em até 2 horas e meia. A autonomia alcança 35 km no modo puramente elétrico, com velocidade máxima de 137 km/h, e é combinado com o motor a combustão 2.0, subindo a autonomia para 800 km.
Ela, juntamente com a versão Hybrid, recebeu revisões de software, para favorecer uma condução mais suave, e ajustes nos motores elétricos que permitirão maior economia de combustível.
Platinum
Outra novidade é a versão Platinum, que privilegia um acabamento interno mais refinado e está posicionada acima da Titanium. Equipado motor 2.0 EcoBoost e tração integral, ele traz revestimento em couro nos painéis de instrumentos, volante e portas. Externamente, traz grade com acabamento exclusivo e rodas polidas de 19 polegadas.
Preços
As vendas nos EUA começam em meados do ano, enquanto no Brasil o modelo deverá aparecer no Salão de São Paulo, em novembro, e nas lojas no início de 2017. Mas a vinda da versão V6 Sport, por enquanto, está descartada.
Em solo norte-americano, o modelo terá preço inicial de US$ 22.995 (R$ 93,1 mil). A versão Sport sairá por US$ 34.350 (R$ 139,1 mil), enquanto a Platinum, por US$ 37.495 (R$ 151,8 mil).
No mercado brasileiro, os preços da atual linha variam de R$ 108,4 mil, na versão 2.5 Flex automático, a R$ 137,6 mil, na 2.0 AWD Titanium automático. A configuração Hybrid Titanium automático é a mais cara e custa R$ 144,6 mil.
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