Fusca ressurge na pele do Beetle

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O Fusca voltará a circular pelas ruas brasileiras como modelo zero-quilômetro. No entanto, não terá mais o apelo popular que fez dele o segundo carro mais vendido na história do país em quase meio século de produção – mais de 3 milhões das 21,5 milhões de unidades vendidas no mundo. O novo Fusca, na verdade, é a segunda geração do Beetle – ou New Beetle, como ficou conhecido por aqui. A marca decidiu rebatizá-lo localmente, adotando o apelido que ganhou em cada país. Na França, por exemplo, voltou a ser "Coccinelle", e na Itália, "Maggiolino".

O Fusca será a atração da VW no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro. Assim como na primeira geração, o modelo manteve o visual retrô, o que o limitará a um nicho de mercado conhecido como "carros de imagem", onde figuram MINI Cooper, Citroën DS3 e Audi A1. Chega às lojas em novembro, mas os preços não foram divulgados.

Esta semana, a Volks fez uma ação promocional para apresentar o carro ao público brasileiro. Reuniu em São Paulo várias celebridades, entre elas o jogador Neymar, do Santos, garoto-propaganda da marca e que será o primeiro "proprietário" do novo Fusca no Brasil – ele já havia ganho da VW o novo Tiguan. "Aos que gostam de modelos do passado atualizados. Isso é uma receita seguida por várias montadoras e tem feito sucesso. Aproveitamos o carinho que o brasileiro tem pelo Fusca", afirmou Henrique Sampaio, gerente de marketing da Volkswagen do Brasil, durante o evento.

Importado do México, e, portanto, livre da taxa de importação e do aumento no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Fusca virá com o motor 2.0 TSI de 200 cavalos, que já equipa modelos como Passat, Jetta e Tiguan. A transmissão é automatizada, de dupla embreagem (DSG), ou mecânica – ambas de seis marchas. É o Fusca mais potente de todos os tempos. Segundo a fabricante, ele acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e a velocidade máxima é de 210 km/h.

Em princípio, a única configuração disponível será a Sport. Entre os itens de série estão teto solar, ar-condicionado, airbags e sistema multimídia com controles no volante. Os bancos são revestidos em couro. No centro do painel, o modelo tem marcadores analógicos de temperatura do óleo, relógio com cronômetro e medidor da pressão do turbo, que dão um ar clássico. O porta-luvas abre para cima.

Mais musculoso

A nova geração manteve o mesmo perfil da anterior, porém está mais baixo, largo e comprido, com o capô dianteiro mais longo e para-brisa mais inclinado. Na traseira, as lanternas ganharam um formato horizontal e arredondado. A carroceria ficou encorpada e musculosa.

O espaço interno também aumentou e o porta-malas, por exemplo, agora comporta 310 litros – são 101 litros a mais.

No mercado brasileiro, o Fusca vai oferecer várias opções de personalização, que vão desde a tonalidade da iluminação na lateral das portas ao acabamento de couro bicolor dos bancos. O teto será forrado em preto.