Novo Fusion híbrido deixou de lado motor 2.5 e passou a usar o Duratec 2.0 – da mesma linha aplicada no médio Focus| Foto: Fotos: Divulgação/Ford

Rivais

A Ford prevê que o novo Fusion Hybrid terá uma história distinta ao do antecessor no Brasil. Lançado em 2010, o antigo modelo vendeu apenas 270 unidades. Desta vez, a projeção é chegar ao dobro disso em um ano. Seus concorrentes seriam os médios Toyota Prius (R$ 120.830) e Lexus C200h (R$ 149 mil). A média de consumo de ambos é de 15,7 km/l (cidade) e 14,3 km/l (estrada).

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Saiba mais

A bateria pesa 42 kg – 23 kg a menos que a anterior

Vida útil

A garantia da bateria é de oito anos e sua vida útil, segundo a Ford, está homologada para 240 mil km rodados (a mesma do motor). Após isso, o sedã vira um modelo a gasolina como outro qualquer.

Família

Além do híbrido, o Fusion conta ainda com a versão 2.5 Flex, de 175 cv (R$ 92.900) e a 2.0 Ecoboost AWD (turbo e tração integral), de 240 cv (R$ 114.990).

Anticolisão

O piloto automático adaptativo torna a vida ao volante mais agradável. Ele ajusta a velocidade para manter uma distância segura do carro da frente. Quando este diminui a velocidade, o sistema freia "sozinho", sem a ação do motorista, para reduzir o risco de colisão.

Ajuda ao estacionar

O sistema de estacionamento automático, batizado pela Ford de Park Assistant, funciona exatamente como o Park Assist da VW: acionado por meio de um botão, ele encontra a vaga através de sensores e controla automaticamente o volante – para o motorista, basta trocar a marcha e controlar os pedais de aceleração e frenagem.

Recorde

O novo Fusion teve em julho 1.210 unidades emplacadas, o melhor resultado da linha desde o lançamento no Brasil, em 2006.

Ficha técnica Fusion Hybrid

• Motor - 2.0 a gasolina

• Potência - 145 cv a6.000 rpm

• Torque - 17,7 kgfm a 4.250 rpm

• Motor elétrico

• Potência - 88 kW

• Torque - 24 kgfm

• Potência combinada - 190 cv

• Câmbio Automático CVT

• Bateria de tração Íon-lítio

• Pneus - 235/45 R18

• Dimensões - 4,87 m (c), 2,13 m (l) e 2,85 m (ee)

• Aceleração 0 a 100 km/h 9,3 s

• Consumo 16,8 km/l (U) 16,9 km/l (R)

• Porta-malas - 392 l

• Tanque - 52,7 l

• Preço - R$ 124.990

(c): comprimento, (l): largura, (ee): entre-eixos, (U): urbano e (R): rodoviário.

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Sedã traz emblema Hybrid nas portas dianteiras e tampa do porta-malas. Modelo não oferece faróis e lanternas com LEDs
Console central sensível ao toque controla as funções da tela digital de 8
Quadro de instrumentos tem duas telas de LCD que exibem informações de condução e do sistema SYNC
Bancos dianteiros contam com ajustes elétricos (até dez posições diferentes) e três memorizadores
Porta-malas teve de ser sacrificado para comportar a bateria (392 litros contra 514 l do Fusion

Visitar o posto de combustível apenas uma vez no mês para abastecer o carro é o sonho de muitos motoristas. Desejo que os consumidores brasileiros do novo Ford Fusion Hybrid terão a chance de realizar. A versão que combina motores 2.0 a gasolina com outro elétrico acaba de chegar ao mercado nacional por R$ 124.990. E, segundo a marca, é possível alcançar cerca de 1 mil quilômetros antes de o tanque secar.

O segredo para a longa autonomia está na nova bateria recarregável de íon-lítio (a mesma usada por celulares), que substitui a antiga de níquel-metal. Ela armazena o dobro da energia gerada pela frenagem regenerativa. E também na melhoria do propulsor elétrico, que possibilita que o sedã médio-grande rode a 100 km/h usando somente eletricidade, ampliando o limite que antes era de 75 km/h.

Pelo teste do Inmetro, o modelo registrou o consumo de 16,8 km/l na cidade e 16,9 km/l na estrada. O desempenho o coloca não só no topo do ranking de economia entre os sedãs de luxo, mas entre todas as categorias do mercado nacional. O popular Renault Clio, que era o mais eficiente nesse quesito, marcou 14,3 km/l de gasolina no ciclo urbano e 15,8 km/l, no rodoviário. Já o Fusion com bloco apenas a gasolina fez 9,1 km/l na média combinada.

Com os dois propulsores em ação, o conjunto gera até 190 cv e vem acoplado a um câmbio automático CVT. Apesar de o preço ainda elevado, a novidade vem mais em conta do que o modelo anterior, vendido a R$ 133.990. E sai R$ 10 mil a mais que o até então topo de linha 2.0 Ecoboost AWD Titanium, do qual herda os mesmos equipamentos. Ele incorpora ainda outras tecnologias, como ar-condicionado com compressor elétrico, que funciona mesmo com o motor a combustão desligado, e Modo ev+, que memoriza os caminhos mais frequentes usados pelo condutor e assim prioriza o uso exclusivo do bloco elétrico quando for mais conveniente.

O pacote de itens inclui também direção elétrica, oito airbags, sistema multimídia SYNC com GPS, sistema de estacionamento automático, assistente de partida em rampa, câmera de ré, auxílio para permanência em faixa, sistema de monitoramento de pontos cegos, piloto automático adaptativo, alerta de colisão, rodas de liga leve aro 18", teto solar elétrico, entre outros.

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A novidade estará nas lojas ainda este mês, porém, num primeiro momento apenas para test-drive, uma vez que o lote inicial é de 30 unidades vindas do México, onde é fabricado. As vendas devem começar em setembro. A previsão da marca é entregar 40 unidades por mês ou 10% do volume das versões com acabamento Titanium.

O jornalista viajou a convite da Ford

Tecnologia atrai a atenção do condutor

Ao entrar no sedã, o condutor é arrebatado pelo clima tecnológico. O quadro de instrumentos tem duas telas de LCD (nas laterais do mostrador analógico central) que exibem informações de condução e do sistema de entretenimento. O carro é tão silencioso que conta com um LED verde no painel para saber quando o motor é ligado.

Dentro da cabine, com os vidros fechados, nada se ouve vindo de fora. Isso se deve ao sistema antirruídos, com microfones no tetos, que fazem frequência inversa ao som que incomodaria os ocupantes. A tela de 8" no centro do painel exibe os comandos da central multimídia, GPS e dados sobre a operação do sistema elétrico.

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Durante a condução, o motorista acaba tendo dois comportamentos distintos: na cidade, a tendência é guiar dosando o pé e acelerando com progressividade para evitar que as folhinhas caiam na tela à direita no quadro de instrumentos e assim acusem maior gasto de combustível. O olho também monitora a tela à esquerda, na qual mostra se o motor em operação usado no momento é o bloco a gasolina ou a bateria, ou ambos.

Já na estrada, quando a velocidade ultrapassa 100 km/h, o bloco a combustão entra em ação e convida quem dirige a pisar mais fundo. Os freios regenerativos estimulam a frear gradualmente, com o propósito de recuperar a energia da bateria– que só pode ser recarregada desta maneira.

Fusion Hybrid