Pane seca
Os motoristas que deixarem o carro parado no meio da rua, sem combustível (a chamada pane seca), são punidos com a perda de 4 pontos na carteira e multa de R$ 80.
Mesmo com a norma da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que obriga a venda de combustíveis fora do tanque apenas em galões plásticos específicos para este fim, os recipientes estão em falta em alguns postos de gasolina de Curitiba.
A Gazeta do Povo percorreu seis estabelecimentos localizados no Centro da cidade, mas destes só dois tinham os vasilhames. Em uma das lojas, inclusive, a atendente desconhecia a nova regra e afirmou que oferecia aos clientes o saquinho plástico, que agora é proibido. Já em outra, um frentista tentou vender por R$ 10 um galãozinho sem saber se ele era aprovado pelo Inmetro. Nos demais, não havia mais o produto.
A resolução 41 da ANP, válida desde fevereiro, proíbe o uso de garrafas PET e sacos de emergência para o armazenamento e transporte de combustível quando há pane seca no carro, ou seja, quando ele para porque o tanque ficou vazio.
Os galões de cinco litros devem seguir as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e ser aprovados pelo Inmetro. O custo varia de R$ 12 a R$ 20 e eles podem ser usados quantas vez for necessário, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR). Por meio da resolução, o Governo Federal busca coibir o uso dos produtos inflamáveis nos protestos de rua.
Alta demanda
De acordo com o proprietário de posto de combustíveis Rafael Andrioli, nos primeiros dias de vigência a novidade fez com que as lojas tivessem dificuldade para conseguir os galões com os fornecedores. "Nas primeiras semanas não havia nem galão para entregar. Só depois que conseguimos fazer o pedido, mas por um custo muito alto. E mesmo assim não estávamos conseguindo superar a demanda", conta Andrioli.
O empresário afirma que muitos consumidores ainda não estão por dentro da exigência e que alguns saem revoltados por não conseguir comprar gasolina com as PETs ou os saquinhos. Em caso de descumprimento da norma, os estabelecimentos estão sujeitos a multas de até R$ 1 milhão, conforme o artigo 3.º da Lei 9.847/99. Já os motoristas não sofrerão punição devido à compra irregular.
Aprovado
Apesar de alguns motoristas reclamarem, como contou Andrioli, há aqueles que aprovam a novidade. O estudante Marcos Marcante disse que desconhecia a exigência, mas a viu com bons olhos. "Me parece mais seguro vender gasolina assim." O funileiro Roberto Wanser concorda e afirma que "cada produto tem de estar no seu devido lugar. E é bom para o meio ambiente, porque os galões são reutilizáveis", acrescenta.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião