Por que os utilitários esportivos (SUVs, na sigla inglesa) de grande porte fazem tanto a cabeça dos consumidores norte-americanos? Só dirigindo um representante do segmento para saber a resposta. Seria algo como ter sob o seu controle a "força de um trator" desfrutada com extremo conforto e sofisticação. É essa a sensação, por exemplo, quando se está ao volante da quarta geração do Grand Cherokee, que chegou ao Brasil no ano passado.
A linha 2011 ficou mais urbana em relação ao antecessor e foi considera pela própria marca seu jipão mais luxuoso da história. O caderno Automóveis, Motos & Cia pode comprovar isso ao avaliar a versão Limited, à venda por R$ 177 mil na Divesa, em Curitiba. De cara, nota-se que a fabricante corrigiu um erro cometido na geração anterior, onde houve um abuso de plástico duro no acabamento. Agora, os materiais em couro e emborrachados têm toque agradável e o redesenho dos instrumentos e de todo o painel combina com essa proposta.
A infinidade de mimos faz o trânsito pesado dos grandes centros parecer um passeio. Teto solar, bancos dianteiros e traseiros com aquecimento, sistema de entretenimento para o banco traseiro (com DVD no teto) e de áudio com nove alto-falantes, Bluetooth e capacidade de armazenamento de músicas e imagens de 30 GB. Sem contar as facilidades que o motorista encontra para melhorar a dirigibilidade como ajustes elétricos do volante e dos bancos da frente, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, que projeta a imagem num monitor de LCD sensível ao toque de 6,5", e memória para os ajustes do banco do motorista, do volante e dos retrovisores. Há ainda computador de bordo com tela de 4,5" no centro do painel, que monitora inclusive a pressão dos pneus, e volante com controles de áudio e velocidade (piloto automático).
Se não bastasse tudo isso, é possível destrancar o carro simplesmente puxando a maçaneta da porta e ligá-lo apertando o botão de partida do motor, que serve também para desligá-lo. Tudo sem tirar a chave do bolso. Para trancar o utilitário após sair do carro, basta pressionar um pequeno botão na maçaneta. O modelo oferece ainda ar-condicionado automático com duas zonas distintas de temperatura.
A extensa lista acima se encaixaria perfeitamente em qualquer sedã de luxo. Mas estamos falando de um Jeep, cuja fama é a bravura em situações adversas. Nesse quesito, o Grand Cherokee não nega o DNA. E a eletrônica joga a favor da quarta geração. Ela traz controles de estabilidade e de tração, freios ABS calibrado para pisos irregulares, tração 4x4 integral com reduzida e suspensão independente. Há também um controle de seleção de terrenos, que permite escolher a configuração off-road ideal e entre quatro condições de rodagem: com pedras, neve, lama ou areia, além da automática, onde o carro se adapta sozinho a diferentes condições. O condutor pode ainda optar pela seleção esportiva, direcionada apenas para uso em asfalto e que prioriza as arrancadas e a velocidade. Sete air bags estão espalhados pela cabine.
O motor V8 do antecessor foi substituído pelo novo Pentastar V6 3,6 litros, de 286 cv e 35,4 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de cinco velocidades. Para quem gosta de ouvir o ronco grave de um propulsor 6 cilindros terá de abrir a janela, pois pouco se escuta do que está acontecendo fora do veículo tamanho o isolamento acústico interno. No consumo, registrou na cidade uma média de 6 km/l abastecido com gasolina, subindo para 9 km/l na estrada. Beberrão? Nem tanto, já que não podemos esquecer que estamos falando de um veículo que pesa 2.191 kg. A capacidade do tanque é de incríveis 93,5 litros e do porta-malas, de 782 litros.
Serviço
Divesa (Jeep, Dodge, Chrysler e RAM) Rua Gal. Mário Tourinho, 103 Seminário. Fone: (41) 3269-8200.
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