Uma das preocupações que afligem muitas grávidas, especialmente as de ‘primeira viagem’, é usar o carro durante a gestação. Existe o receio sobre um possível risco ao usar o cinto de segurança ou diante de um acionamento do airbag.
Pensando nisso, o Cesvi Brasil, centro de pesquisa dedicado à segurança viária, elencou cinco dicas para deixar a futura mamãe mais tranquila e saber o que pode ou não fazer diante do volante. Confira:
1. A legislação de trânsito proíbe dirigir na gravidez?
O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) não faz proibição a isso. A gestante saudável pode dirigir tranquilamente enquanto aguarda a chegada do bebê.
Mesmo porque as mulheres costumam trabalhar até os dias que antecedem o parto e ainda se veem envolvidas com os últimos preparativos para o nascimento do filho.
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Alguns médicos, no entanto, consideram que a partir da 36.ª semana não é mais recomendável que a gestante continue ao volante porque pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento.
O ideal é ter um acompanhamento médico para avaliar se não há restrições. E a grávida também deve avaliar a si mesma: caso sinta desconforto, cansaço ou qualquer outro sintoma, deve evitar dirigir.
2. Como posicionar o banco?
Coloque numa posição que permita acionar os pedais até o fim dobrando levemente as pernas, sem precisar esticá-las por completo. A dica serve para qualquer motorista, e não só para as grávidas.
No último mês de gestação, o tamanho do abdome gravídico é um complicador porque fica muito próximo do volante. A recomendação é recuar o banco ao máximo, mas tomando o cuidado de não comprometer a segurança ao dirigir.
Mulheres mais baixas podem ter maior dificuldade porque as pernas tendem a ficar muito distantes dos pedais.
A regulagem do encosto, em conjunto com a do assento, melhora a ergonomia e o conforto, facilitando a empunhadura do volante e o acionamento dos comandos no painel.
O Cesvi destaca a importância de ajustar o assento associado ao do encosto de forma que a distância da direção ao peito seja de, no mínimo, 25 centímetros (equivalente à distância aproximada do cotovelo ao punho de um adulto).
Pouca gente se lembra de ajustar o encosto de cabeça. Porém, é um item fundamental para a segurança nos casos de impacto traseiro, evitando o efeito-chicote na cabeça da motorista, que pode ocasionar uma lesão de coluna ou na nuca e até à morte, mesmo em colisões aparentemente menos severas.
A regulagem é bem simples: o centro do apoio de cabeça deve ser alinhado com a altura dos olhos da condutora. O mesmo se aplica caso estiver no banco traseiro, contudo evite viajar atrás caso o carro não traga o encosto.
3. É possível deixar o cinto de segurança mais confortável?
Mesmo que fique um pouco desconfortável, o cinto de segurança é item obrigatório e sempre deve ser utilizado pelas gestantes. Não apenas pela multa caso seja flagrada sem o dispositivo, mas, principalmente, por que é o item que mais salva vidas em caso de acidente.
Regule a faixa subabdominal do cinto abaixo do ventre, apoiada na região pélvica (o número ‘1’, na imagem abaixo). Um trauma nessa região provocado pelo cinto pode causar descolamento da placenta, sangramento e até a perda do bebê.
Já a faixa diagonal deve passar entre as mamas (‘3’) e a região central do ombro (‘2’) – nunca sobre o útero.
Se a grávida estiver no banco traseiro, deve sempre optar pela utilização do cinto de três pontos, não utilizando o cinto do tipo abdominal, ainda encontrado no assento central em um grande número de veículos.
4. O airbag quando acionado é perigoso para as gestantes?
Não. A função do airbag é aumentar a segurança dos passageiros ao ser usado em conjunto com o cinto de segurança. O impacto é melhor distribuído sobre o corpo quando ele infla, não se concentrando sobre a criança e protegendo a gestante.
Mas, lembre-se: para que o airbag aja com eficácia, sem risco para a motorista, é preciso ajustar o banco na distância adequada e segura, de forma que o volante fique pelo menos a 25 cm do peito (dica 2) e o cinto esteja corretamente posicionado (dica 3).
Se a coluna de direção for regulável, ajuste na posição em que o volante fique voltado mais para o peito do que para a barriga.
Agora em caso de viagem no banco do carona, coloque o assento ainda um pouco mais para trás - algo perto de 45 cm em relação ao painel.
5. Quanto mais recursos, melhor!
Carros com maior número de dispositivos que deixam a condução mais confortável e segura facilitam a vida da gestante na hora de dirigir.
São recursos que minimizam os esforços da futura mamãe dentro do carro, como troca de marcha automática, posicionamento elétrico dos bancos, vidros e travas elétricas, regulagem elétrica dos retrovisores, direção hidráulica ou elétrica, entre outros.
Cuidados necessários
Remédios x direção
No início da gestação muitas mulheres têm enjoo e tomam medicamentos que provocam sonolência, condição que não combina com o trânsito.
O mesmo acontece com o hormônio indicado para as gestantes com risco de abortamento, a progesterona micronizada, ministrada até o terceiro mês de gestação.
Não se deve dirigir nos casos em que a mãe tem pressão alta e o médico prescreve um sedativo que reduz a ansiedade.
‘Kit de sobrevivência’
A gestante deve evitar jejum prolongado (de mais de quatro horas) porque isso pode levar à hipoglicemia, que causa vertigem e sonolência.
Calor em excesso e a falta de hidratação adequada são outras condições que reduzem a pressão arterial e provocam os mesmos sintomas. Sempre tenham por perto um “kit de sobrevivência”: barras de cereal e água.
Inchaço nos pés
O inchaço nos pés comum no final da gravidez faz com que a mulher deixe de usar calçados presos aos pés, ideais para dirigir. Cuidado, se estiver com chinelo ou rasteirinha, melhor tirar e dirigir descalço. ENo caso
Gestantes também costumam ter câimbras com frequência e, caso isso ocorra enquanto estiverem dirigindo, pare o carro em lugar seguro e fazer movimentos para relaxar a musculatura. O melhor, neste caso, é telefonar para um parente ou amigo que possa lhe prestar um auxílio.
Viagens longas
Grávidas podem fazer viagens de longa distância, mas devem tomar alguns cuidados extras: em função da mudança do eixo gravitacional, a tendência é que a gestante sinta mais dor na coluna. Por isso não é bom permanecer sentada por muito tempo.
As paradas devem ser feitas a cada hora. Nesse momento, a grávida deve sair do carro e andar um pouco. Também são uma boa oportunidade para beber água e, se for o caso, fazer uma refeição leve.
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