No visual
Mudanças podiam ser mais radicais
A Suzuki GSR150i atualizou o design da Yes. A semelhança é grande. Muitos criticaram o desenho, outros tantos elogiaram, mas a verdade é que o público brasileiro esperava mudanças mais radicais na nova street da marca japonesa.
Mais refinado, a GSR150i foi preparada para atender tanto ao trabalhador (motoboy), quanto ao motociclista de final de semana. Dessa forma, a moto traz tampa do cabeçote cromada, assim como os retrovisores, e o útil bagageiro em alumínio. Há também uma nova tampa de combustível (tipo avião) e pedaleiras do piloto, ambas articuladas. O painel de instrumentos é totalmente novo e traz display em LCD que indica hodômetro total e parcial, além de indicador de marcha, permitindo fácil leitura ao piloto. A luz indicadora de falha no sistema de injeção de combustível também foi integrada ao painel. Outro ponto que merece destaque é o banco em dois níveis, muito confortável para piloto e garupa.
Não é segredo para o motociclista brasileiro o fato de que quase 90% do mercado de motos no Brasil é composto pelos modelos de até 150 cilindradas. Além de mais acessíveis, as motos street de baixa cilindrada atendem às necessidades do motociclista que precisa de um veículo ágil, prático e econômico.
Fabricada na China e montada no Polo Industrial de Manaus (PIM) pela JToledo Suzuki Motos, a GSR150i chegou com novo motor de 150 cm³ e alguns detalhes que fazem desta moto uma opção também para os fins de semana. O modelo tem preço sugerido de R$ 6.829 e está disponível nas cores amarela, vermelha, preta e prata.
A principal novidade dela não é o aumento da cilindrada, mas sim da adoção da injeção eletrônica de combustível, que melhora sua dirigibilidade e a partida a frio do pequeno monocilíndrico. Com essa eletrônica embarcada, a GSR150i ficou com uma aceleração mais linear e com certeza mais econômica. Seu consumo na cidade chegou a registrar média de 38 km/litro. O propulsor oferece potência máxima de 12 cv a 8.000 rpm e torque máximo de 1,08 kgfm a 6.000, números que permanecem iguais aos da Yes, de 125cc, lançada em 2004.
Único entre as streets com câmbio de seis velocidades, esse propulsor exige uma troca de marchas constantes na cidade para que o piloto trabalhe sempre na faixa útil do motor. De semáforo a semáforo, a GSR150i estará em quarta marcha e basta uma curva à esquerda para que a segunda seja requisitada ou até mesmo a primeira. Todavia, ao entrar na estrada e engatar a sexta marcha, a moto roda com mais tranquilidade. Com relações mais longas, o novo motor pode rodar na mesma velocidade "girando" menos, deixando-a mais econômica.
Conjunto
O conjunto ciclístico da GSR150i não apresenta nenhuma grande novidade. Os freios, disco na dianteira e tambor na traseira, não comprometem a pilotagem, mas poderiam ser melhores. O funcionamento do tambor traseiro agradou mais que o disco dianteiro, que se mostrou borrachudo quando muito exigido.
Já as suspensões merecem destaque. O tradicional garfo telescópico na suspensão dianteira não traz nenhuma surpresa, embora trabalhe bem. Mas o amortecimento traseiro pressurizado a gás na suspensão bichoque, dispositivo muito parecido ao utilizado pela Dafra Apache 150, ajuda e muito o piloto, já que a moto não chega ao fim do curso quando passa por um buraco - ou remendo de asfalto, cada vez mais comum pelas ruas das cidades brasileiras.
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