É difícil imaginar uma Harley-Davidson circulando nas ruas sem o seu ronco grosso peculiar, que pode ser ouvido e reconhecido a distância. Em vez disso, um zunido bem agudo que mais lembra a de um motor a jato de avião.
Esse é som que será possível ouvir da LiveWire, a primeira moto elétrica da marca centenária norte-americana. A montadora já está em contagem regressiva para o lançamento, que ocorre em agosto nos Estados Unidos. E o Brasil também faz parte dos planos para receber do inédito veículo.
A intenção é comercializar a novidade no mercado nacional no próximo ano, revela Flávio Villaça, gerente de Marketing da Harley-Davidson no país, ao site Auto Esporte.
Segundo o executivo a vinda da novidade vai depender da oferta de uma estrutura para a recarga de veículos elétricos e também da preparação das próprias concessionárias da Harley para atender o produto. Villaça disse que o trabalho com a rede autorizada começará em breve.
Nos Estados Unidos, o preço da LiveWire partirá de US$ 29.799 (cerca de R$ 112 mil). Já no Brasil a projeção é na casa dos R$ 120 mil.
Por ora, além dos EUA, Canadá e a Europa devem comercializar a motor ainda neste ano. A marca prevê a venda global até 2021.
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Performance de Ferrari
A LiveWire é equipada com motor elétrico que rende 105 cv e 11,83 kgfm de torque. O propulsor com zero emissão de poluentes dispensa o uso de câmbio e embreagem. A força despejada é instantânea, fazendo o modelo ir de 0 a 100 km/h em rápidos 3 segundos.
A performance equivale a de uma Ferrari F8 Tributo 3.9 V8 twin-turbo, que atinge a mesma velocidade a 2,9 s. A máquina italiana foi lançada neste ano e substitui a 488 GTB. Ela desenvolve 720 cv e 73,4 kgfm de torque.
Segundo a montadora, a bateria da LiveWire entrega uma autonomia de 235 quilômetros em ambiente urbano. Já no uso combinado com rodovia, o alcance de uma carga completa é de 152 km.
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O reabastecimento de energia leva 40 minutos para receber 80% da carga e 1 hora para atingir 100% no dispositivo de carga rápida. A regeneração de energia também acontece com o uso do freio motor.
A novidade oferece 7 modos de pilotagem, freios ABS, duplo disco na dianteira e disco na traseira, controle de tração e anti-deslizamento, suspensões ajustáveis, painel de instrumentos de 4,3 polegadas sensível ao toque e luzes de led.
Novas apostas elétricas
Ao contrário do segmento de carros, o investimento de uma grande montadora em motos elétricas ainda é reduzido. Além da H-D, a BMW é outra que aposta na motorização 'sem barulho'. O scooter C-Evolution é vendido na Europa, mas deve demorar para chegar ao Brasil.
No ano passado, a Honda apresentou no Japão as versões híbridas e elétricas do PCX. Já a americana Zero atua há mais tempo neste mercado.
A LiveWire foi revelada há cinco anos e é apenas a primeira de outras elétricas que montadora pretende lançar nos próximos anos. A marca até já revelou conceitos de scooter e bicicleta movidas a eletricidade.
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