Toyota Prius, que já é vendido na Argentina, está sendo adaptado para receber o combustível brasileiro| Foto: Fotos: Divulgação

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Entenda a tecnologia

Existem três tipos de carros híbridos. No chamado híbrido paralelo, o motor a combustão é responsável pela locomoção do automóvel e o elétrico é um propulsor auxiliar, para melhorar o desempenho do carro e reduzir o consumo de combustível.

No híbrido-série acontece o contrário: o motor elétrico é responsável pela locomoção do automóvel e o motor a combustão é acionado apenas quando falta energia elétrica. Neste caso, o motor a combustão movimenta o carro por tempo suficiente para recarregar as baterias do motor elétrico.

O terceiro tipo é o híbrido misto, que combina aspectos do sistema em série com o sistema paralelo. Ele permite usar apenas o motor elétrico ou os dois motores em conjunto.

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Depois do Chile e da Argentina chegou a vez dos carros híbridos desembarcarem no mercado brasileiro. Até o fim deste ano, os consumidores poderão dirigir pelas nossas ruas o Mercedes-Benz S400 Hybrid, o Toyota Prius e o Porsche Cayenne. O primeiro chega até junho, enquanto os outros dois serão lançados em outubro no Salão do Automóvel em São Paulo.

O modelo híbrido da Toyota é equipado com um motor 1.8 litro a combustão de 81 cv de potência. Ele trabalha em parceria com uma bateria de íons de lítio que produz outros 36 cv de potência — o Prius, que está em sua terceira geração, faz 21 km/l. Na Argentina, o Prius sai o equivalente a R$ 85 mil, enquanto que no Chile o carro custa a partir de R$ 60,7 mil — especula-se que o modelo desembarque no Brasil com preço em torno de R$ 90 mil. A Toyota já faz, inclusive, a adaptação do modelo para receber a gasolina brasileira, que é misturada com álcool anidro. Jus­tamente por causa do combustível, o Prius estreou antes, em no­­vembro do ano passado, na Argentina, onde a gasolina não tem adição de etanol. Como comparação, o carro chegou ao mercado japonês em 1997 e hoje é o mais vendido no país.

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Os modelos híbridos possuem duas fontes de energia em ação conjunta: a combustão (seja a gasolina, diesel ou etanol) e a elétrica. Como a energia elétrica é "limpa" e o motor é abastecido por baterias, os carros híbridos consomem menos combustível e, em consequência, emitem volume menor de gases poluentes.

De acordo com o diretor de tecnologia Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) e gerente da área de certificação de produto da Toyota, Edson Orikassa, todas as montadoras no Brasil têm se reunido na associação para acelerar a certificação dos carros. "Não existe problema na legislação brasileira que impeça a entrada desses mo­­delos no país, mas quem deverá autorizar a importação e a co­­mercialização é o Ibama. Para os híbridos, ainda não tem um processo de certificação", afirma Orikassa.

Ele destaca que as grande montadoras devem acabar in­­cluindo a tecnologia nos híbridos para vender mais esse tipo de modelo. "Para o mercado brasileiro, essa é a tendência de se conseguir um aumento de volume", observa.

Em 2008, especialistas adiantaram que a expectativa das montadoras é de que até 2020 o volume de modelos híbridos vendidos no mundo seja o mesmo dos modelos equipados somente com motores a combustão. Inicialmente, todos os híbridos no Brasil serão importados, assim os preços serão submetidos à alíquota de 35% de importação. Além da homologação dos produtos, esse é outro ponto em discussão por fabricantes e entidades envolvidas. Por se tratar de veículos com apelo ecológico, o setor defende descontos na carga tributária.