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Baixo peso e ciclística acertada fazem da Honda Biz uma moto muito ágil na cidade. Escudo frontal protege o condutor de respingos de água e sujeira | Doni Castilho / Agência Infomoto
Baixo peso e ciclística acertada fazem da Honda Biz uma moto muito ágil na cidade. Escudo frontal protege o condutor de respingos de água e sujeira| Foto: Doni Castilho / Agência Infomoto
  • Painel tem velocímetro, marcador de combustível e luzes de advertência
  • Pedal de câmbio com apoio para o calcanhar permite uso de sapato com salto
  • Banco foi redesenhado em 2011 e ficou mais ergonômico
  • Espaço sob o banco faz a motoneta prática para o uso diário

Os números não mentem. A Honda Biz é um sucesso de vendas no Brasil. Em 2011, foram emplacadas 222.679 unidades da pequena motoneta de 125 cc – número que a posiciona como a terceira moto mais vendida, perdendo apenas para as CG 125 e 150, e também como o quinto veículo no ranking dos cam­peões de vendas em todo o país. Grande parte desse sucesso deve-se principalmente à preferência das mulheres pelo modelo. De acordo com a Honda, 71% das uni­­dades da Biz 125 co­­mercia­lizadas em 2011 foram adquiridas por mulheres e, em algumas regiões, essa porcentagem é ainda maior.

Na tentativa de desvendar a mente feminina, testamos a Biz 125 EX na semana do Dia Inter­­nacional da Mulher para descobrir por que a CUB da Honda é a queridinha delas.

Receita antiga

No mercado brasileiro desde 1998, a Biz é um projeto nacional, mas que utiliza uma receita muito antiga: a ideia de uma embreagem centrífuga, que dispensa o manete para ser acionada, foi criada há mais de 50 anos pela Honda para a Super Cub. O sistema proporciona diversas comodidades, a começar pela facilidade de pilotagem. Afinal, não é preciso "controlar" a embreagem em saídas e as trocas de marchas são feitas de forma bastante suave.

Porém, o sistema não é so­­mente fácil de usar, mas também prático e confortável. Certa­­mente o câmbio rotativo com as quatro marchas para baixo é um dos fatores que atrai as mulheres, pois não estraga e nem marca os calçados. Até mesmo na última reformulação da Biz, ocor­­rida no modelo 2011, a marca redesenhou o pedal de câmbio e o apoio do calcanhar para que facilitasse a pilotagem com sapatos com salto. Claro, as consumidoras têm sempre razão.

A embreagem automática com câmbio rotativo funciona muito bem na cidade e é bastante confortável no trânsito urbano. Mas qual a vantagem em relação à transmissão por polia variável dos scooters? O desempenho. Poder reduzir uma marcha com o apoio do calcanhar, quando necessário, faz com que o motor de 125 cc da pequena Biz encare subidas com mais facilidade e vigor.

Aqui, vale ressaltar o maior torque dessa última versão da Biz, que passou a ser flex e ganhou balancins roletados no cabeçote do motor de 124,9 cm³, quatro tempos, arrefecido a ar, que gera potência máxima de 9,1 cv a 7.500 rpm e torque de 1,01 kgfm a 3.500 rpm, com ambos os combustíveis.

Levinha e baixinha

Sem dúvida outro fator que conquista as mulheres é o porte da Biz. Bastante leve (103 kg a seco), a motoneta é ágil na cidade. Com rodas de 17 polegadas, na dianteira, e 14", na traseira, muda de direção com bastante facilidade e proporciona uma pilotagem "leve". Além disso, a roda maior na frente garante uma estabilidade melhor do que nos scooters.

O banco a apenas 73,5 cm do solo também ajuda a pilotar na cidade e facilita para as mulheres, em geral com menor estatura do que os homens. Outra mudança bem vinda nesta última versão foi a nova ergonomia do modelo. A posição de pilotagem ficou mais natural com a elevação do guidão e o uso de um banco mais largo e um pouco mais alto na parte frontal, evitando assim que o piloto seja projetado para frente em frenagens ou buracos.

Prática e econômica

Criada para ser prática desde a concepção de sua transmissão até os detalhes, a Honda Biz 125 é uma ótima companheira no dia a dia. Há um pequeno espaço sob o banco, que tem capacidade para acomodar 16 litros de carga. Ou seja, um bom espaço para guardar vários objetos.

Espaço este que existe graças à ideia dos projetistas da Honda aqui no Brasil, que desenharam rodas de diferentes diâmetros lá em 1998, quando surgiu a Biz. Somente com o uso da roda de 14" na traseira foi possível dotar a pequena motoneta de um porta objetos, que acomoda um capacete com tranquilidade. Já o pequeno gancho instalado na parte traseira do escudo frontal é uma ótima ajuda para carregar compras.

O escudo, aliás, pode ser outro motivo pelo qual as mulheres gostam tanto da Biz. Para quem quer sempre estar limpa e arrumada, a peça protege de eventuais respingos de água, lama ou sujeira que possam estar na via. Mais um ponto no quesito praticidade.

Isso sem falar na economia de combustível. Equipada com motor flex, a Biz chegou a rodar 42 km/litro com etanol e mais de 50 km/litro com gasolina. Le­­­­vando em consideração seu tan­­­­que de 5,5 l (capacidade au­­­men­­tada nesta última versão), ela roda facilmente mais de 200 km sem precisar de abastecimento. Por ser equipada com injeção eletrônica e ter uma bomba de combustível, a luz de reserva se acende bem antes de ocorrer uma pane seca, que pode ocasionar a queima da bomba. Outro inconveniente é o fato de que é preciso levantar o banco para abastecer a motoneta.

Preços

Com versões que variam de R$ 5.380 (KS, com freio a tambor na dianteira e partida a pedal) até R$ 6.680 (EX, com rodas de liga le­­ve e freio a disco), a simpática Biz ganhou ainda um desenho renovado nessa sua última atualização. Com a mudança, ela se diferencia das mais populares motos street com câmbio tradicional e uma imagem de veículo utilitário.

Apesar da difícil missão de entender a cabeça das mulheres, não fica difícil entender a preferência delas pela motoneta da Honda.

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