Hyundai entra na era do nacional

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Com investimento de US$ 200 milhões (R$ 428 milhões), o Grupo Caoa vai inaugurar no dia 30 de março de 2007 sua fábrica de veículos Hyundai em Anápolis (GO). E o primeiro modelo a sair da linha de montagem será o caminhão leve HR, hoje importado da Coréia do Sul. Até o fim do próximo ano, mais um modelo fabricado em Goiás será lançado, provavelmente, um utilitário esportivo. Em 2008, virá um terceiro veículo, com grandes chances de ser um carro de passeio.

Inicialmente, o HR terá 40% de índice de nacionalização. Apesar da empresa não detalhar quais itens serão importados, sabe-se que motor e câmbio, por exemplo, virão de fora. Entre as partes que deverão ser produzidas no país estão suspensão, chassi, bancos, painel e vidros. O processo mais intenso de nacionalização de peças começa a partir da inauguração da fábrica, com a instalação de fornecedores perto da unidade. O objetivo é elevar o índice de nacionalização para 50% no 2.º ano e para 60% a partir do 3.º ano.

O início da produção do HR no país não irá provocar uma redução de preço do modelo, que custa hoje em Curitiba, na concessionária Sevec, R$ 52,3 mil. "O atual preço já está subsidiado para evitar impacto negativo nos preços dos usados", explica Akira Yoshikawa, diretor do Grupo Caoa. O caminhão leve, equipado com um propulsor a diesel, tem capacidade para 1,8 tonelada de carga e tem sido usado no transporte urbano de mercadorias e no meio rural.

Localizada numa área de 1,5 milhão de metros quadrados no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), a fábrica do Grupo Caoa tem quatro prédios – um para componentes e preparação de peças, um para montagem, um para pintura e outro para acabamento e inspeção. A capacidade inicial de produção é de 56 mil veículos/ano – sendo que o volume previsto do HR é de 10 mil unidades/ano. A capacidade final prevista é de 130 mil veículos/ano.

A unidade de Goiás inicia suas atividades oferecendo cerca de 6 mil empregados diretos e indiretos. Até 2010, este número deve saltar para 10 mil postos de trabalho.

Prevista inicialmente para a Bahia, a fábrica foi transferida para Goiás em 2004, por falta de acordo com o governo baiano.Atualmente, além do HR, o Grupo Caoa importa os utilitários esportivos Tucson (R$ 84,5 mil) e Santa Fe (R$ 165 mil). Os veículos são comercializados hoje por 40 revendas autorizadas. Até o fim de 2007, este número deve saltar para 80 concessionárias.