Os kits de xenônio devem trazer apenas lâmpadas que emitem luz branca (a azulada é proibida no Brasil). Antes de instalar, peça autorização no Detran| Foto: Fotos: Roberto Couto/Gazeta do Povo
Confira as diferenças entre uma lâmpada incandescente (halógena) e uma com gás xenônio

Apesar da regulamentação do uso dos faróis de xenônio só entrar em vigor em março de 2009, os faróis de xenônio estão liberados e começam a se popularizar até entre os modelos nacionais. O kit – que oferece uma iluminação três vezes superior àquela obtida com sistema convencional (halógeno) – custa entre R$ 400 e R$ 1,1 mil, valores bem mais atraentes que os R$ 3 mil, em média, cobrados há quatro anos. Mas antes de instalar o acessório, os donos de veículos devem ficar atentos a algumas exigências da legislação brasileira.

CARREGANDO :)

Segundo informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), todo carro equipado com lâmpadas de xenônio deve vir obrigatoriamente com regulagem automática de altura do facho e lavadores (normalmente, instalados no pára-choques e direcionados para os faróis). Esses dois itens têm a função de evitar que a iluminação gerada pelas lâmpadas de xenônio ofusque os motoristas de outros veículos. Ainda de acordo com o Denatran, essas exigências valem tanto para automóveis que já saem de fábrica com o sistema como para aqueles que recebem o kit em concessionárias ou lojas de acessórios. Ou seja, estão irregulares os carros com farol de xenônio sem estes dois dispositivos.

Ainda segundo informações do órgão de trânsito federal, a substituição do sistema de iluminação original do veículo deve ser informada antecipadamente ao Detran-PR, que deverá emitir uma autorização. Além disso, após a instalação do kit, o carro precisa passar por uma inspeção em um organismo credenciado.

Publicidade

Outro cuidado que os motoristas devem ter na hora de instalar um kit xenônio é com a escolha da lâmpada. Segundo o tenente Gilson de Mattos, assessor militar do Detran-PR, a luz emitida pelo sistema precisa ser branca e não azulada. Ele salienta ainda que não há risco de numa blitz o dono do veículo ser multado pelo uso do sistema já que muitos carros importados já trazem esses faróis de série.

Mas os automóveis que não respeitarem as exigências da lei podem ser apreendidos em blitz de trânsito. O dono do automóvel poderá ainda ter que pagar uma multa de R$ 127 e perder cinco pontos na carteira.

Vantagens

A tecnologia de produção do farol de xenônio foi desenvolvida na Alemanha, mas hoje os kits são produzidos em larga escala na China. As vantagens do sistema, em relação ao halógeno, são muitas, explica Roney Joel Kniggendorf, supervisor de Peças e Acessórios da Niponsul, concessionária que oferece o acessório para sua linha de veículos Honda: geração de iluminação maior com menor consumo de energia (uma lâmpada de xenônio de 35w, por exemplo, ilumina três vezes mais do que uma de halogênio de 55w ) e durabilidade de cerca de 3 mil horas sob condições normais, o que representa quase quatro vezes mais do que as lâmpadas de halogênio.

Vale lembrar que o xenônio é um gás nobre, inodoro e incolor. O nome vem do grego que significa "estranho". Foi descoberto por William Ramsay e Morris Travers em 1898 nos resíduos resultantes da evaporação dos componentes do ar líquido. O uso principal é na fabricação de dispositivos emissores de luz, como flashes fotográficos.

Publicidade