A volta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a inclusão de airbag e freios ABS, obrigatórios para carros fabricados desde janeiro, deixaram os automóveis 5% mais caros em março.A avaliação é da Fenabrave (associação das concessionárias), que divulgou hoje vendas de 228,7 mil veículos leves carros de passeio e caminhonetes no mês.
O resultado é 7% abaixo do registrado em fevereiro e 15% inferior ao de março de 2013. Além do imposto maior e dos itens de segurança de série, também pesaram no resultado o Carnaval que neste ano caiu no mês passado e reduziu os dias úteis, os juros mais altos, o crédito mais restrito e o preço elevado dos carros.
No acumulado do ano, as vendas chegaram a 774,4 mil unidades, uma queda de 1,7% sobre o mesmo período do ano passado.
Segundo Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, a entidade trabalha com dois cenários para o ano. No otimista, haveria estabilidade nas vendas de veículos leves, ou seja crescimento zero sobre 2013. No pessimista, a previsão é queda de até 3,5%.
De acordo com ele, o quadro atual está mais para o segundo, ou seja, retração.O ranking de vendas de veículos em março mostrou pela primeira vez um veículo comercial na primeira posição. Com pouco mais de 13 mil unidades, a Strada, da Fiat, superou o Gol, da Volkswagen, líder há mais duas décadas no fechamento anual.
Caminhões
As vendas de caminhões também decepcionaram. Nos três primeiros meses do ano, foram comercializados 30.643 unidades, um significativo recuo de 11,23% sobre o mesmo trimestre de 2013.
Em março, foram vendidos 9.337 caminhões, uma queda de 10,78% sobre o mês imediatamente anterior e de 24,4% sobre março de 2013.
No caso dos caminhões, os números ainda sofrem a influência de um problema burocrático: a demora na mudança de normas do financiamento do BNDES, que entraram em vigor apenas no final de janeiro.
Meneghetti admite que o ritmo segue mais lento que no ano passado. A expectativa é de uma recuperação ao longo do ano, para um avanço de ao menos 2% em 2014.
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