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O aumento com o carro não se resume ao reajuste do IPI. Saiba o que mais vai pesar no bolso do consumidor em 2015 no caderno de Economia.
Necessidade é fator determinante para compra de veículo
A aquisição de um carro zero km deve ser precedida por uma análise das necessidades e da capacidade de o consumidor assumir os custos de um veículo, afirma o consultor automotivo da empresa Carro e Dinheiro, Leandro Matera. Para ele, aproveitar o desconto no imposto é uma opção para quem possui o dinheiro em conta. Mas, segundo ele, a baixa do IPI não deve ser considerada como fator determinante de compra.
"O impacto do IPI é mínimo diante dos outros custos de um carro. Não é só o preço que está em jogo na hora da compra, mas outros fatores como a depreciação na revenda e os custos com o automóvel", avalia. Para o consultor, os compradores não devem se deixar levar pela emoção e ficarem com o produto apenas se for necessário. Ele lembra ainda que o motorista deve considerar que 2015 reserva um cenário adverso, com aumento na inflação e alta dos juros, o que pesará no bolso além das prestações.
"O consumidor precisa pensar com cuidado antes de fazer uma compra tão dispendiosa quanto um carro, a qual envolve gastos tanto com a aquisição quanto com a manutenção. Esta é uma chance boa para adquirir um veículo, mas só para quem está em condições de comprá-lo", considera Matera.
O corre-corre para as concessionárias em dezembro, motivado pelo fim do IPI reduzido, que retornou às alíquotas cheias em janeiro, fez com que os estoques diminuíssem em parte das lojas de Curitiba. Mas o consumidor que pretende aproveitar os preços sem o reajuste da taxação ainda pode encontrar modelos nos pátios
Conforme o aumento aplicado pelo governo neste mês, os veículos com motores 1.0 saltaram de 3% para 7%. Já os com propulsores flex acima de 1.0 e abaixo de 2.0 foram de 9% para 11% - aqueles dentro da mesma motorização, mas movidos somente a gasolina, subiram de 10% para 13%. Utilitários tiveram elevação de 3% para 8%, enquanto que os modelos com motores acima de 2.0 mantiveram a alíquota anterior, que continua em 18% para os flexíveis e 25% para os a gasolina.
Embora a federação das concessionárias (Fenabrave) tenha calculado um estoque suficiente para atender aos clientes brasileiros até o início de fevereiro, algumas lojas possuem uma margem mais apertada. A estimativa das concessionárias Honda Niponsul, por exemplo, é de que ele dure até esta semana, de acordo com o gerente de novos, Ricardo Hallgren. "Dezembro foi o melhor mês do ano passado para nós. Com o anúncio do fim do IPI, o pessoal se adiantou para comprar, o que fez com que vendêssemos quase tudo", conta. O gerente afirma que as autorizadas dispõem dos modelos Fit, City e Civic, todos com a alíquota antiga.
As lojas Copava, da Volkswagen, por outro lado, se anteciparam à procura por modelos com os mesmos valores do ano passado e criaram um estoque capaz de atender aos consumidores até o fim de janeiro, segundo o gerente geral, Fernando Camargo. "Com a certeza de que o governo iria retomar o imposto, aceleramos o processo de compra de carros com o IPI reduzido", disse. Ao todo, são 300 unidades de modelos como up!, Gol, Fox, Voyage e Golf.
Em dezembro, a volta iminente do imposto sobre produtos industrializados fez com que as vendas alcançassem um aumento de 25,37% em relação ao mês anterior, somando 369.996 unidades licenciadas. Entretanto, no ano passado a indústria automotiva viu as vendas despencarem em 7,15% em relação a 2013, de acordo com a Fenabrave. Nos 12 meses anteriores, foram emplacados 3.497.811 veículos.
Além do IPI, os compradores podem esperar por mais aumentos pela frente. No Paraná, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) cresceu de 2,5% para 3,5%. E mesmo em tempos de vendas baixas, a expectativa é de que as montadoras apliquem reajustes de preços em seus veículos.
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