JAC abre pré-venda do T80, SUV de 7 lugares que aposta no preço e tecnologia

A JAC Motors parece disposta a deixar para trás um passado recente à sombra do mercado, com vendas em baixa, impactadas pelas pesadas taxas de importação do regime automotivo Inovar-Auto que vigorou até o ano passado.

A marca chinesa começa a ampliar o catálogo de produto, apostando no segmento que é a sensação dos brasileiros: o de utilitários esportivos.

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A chegada do T40, no ano passado, colocou a montadora num outro patamar em relação à qualidade dos produtos, até então questionáveis pelo consumidor brasileiro.

Recentemente, estreou o T50, uma atualização do T5, que colocou mais um degrau nesta evolução da marca. Agora, abre a pré-venda do T80, um suvão de 7 lugares para brigar no segmento de luxo, com preço pra lá de competitivo: R$ 139.990 - na China ele recebe o nome de S7.

A reserva do modelo pode ser feita a partir desta sexta-feira (21) na rede de concessionários, com entregas a partir de fevereiro de 2019, quando ocorrerá o lançamento oficial.

Será o exemplar da JAC mais equipado e caro à venda no Brasil. É mais um a fazer parte da turma dos 7 lugares - voltado para quem tem família mais numerosa. Atualmente, os principais representantes são Volkswagen Tiguan AllSpace R-Line (R$184.990), Peugeot 5008 (R$ 175.990) e Mitsubishi Outlander (R$ 142.990).

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O T80 possui 4,79 metros de comprimento e 2,75 m de entre-eixos - o Tiguan, por exemplo, tem 4,70 m e 2,79 m, respectivamente.

A  fabricante destaca que o modelo chinês tem 74% da carroceria composta por aços de alta resistência. A suspensão tem conjunto McPherson no eixo dianteiro e multilink no traseiro.

Virá equipado com motor 2.0 Turbo, de 210 cv e 30,6 kgfm de torque, associado a um câmbio automatizado com dupla embreagem e 6 velocidades.

“Quando configuramos nosso SUV para 7 lugares, não era apenas o espaço de um porta-malas transformado em dois assentos. O T80 é realmente muito grande e apresenta porte superior a todos os adversários nesta faixa de preços”, garante Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil.

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Como todo modelo chinês, o SUV vem bem equipado. Há quadro de instrumentos digital com tela de 12,3” e central multimídia com uma enorme tela de 10”.

A marca não dá mais detalhes de equipamentos, mas se vier com os mesmos componentes da versão chinesa, ele terá direção elétrica, head-up display, câmera 360° que projeta no multimídia todo o entorno do carro, além de uma visão de cima, tampa do porta-malas com acionamento elétrico, faróis e lanternas full led e ar-condicionado automático de duas zonas com saídas para a segunda e a terceira fileira de bancos.

A lista do modelo lá fora ainda inclui piloto automático adaptativo, que regular com aceleração e frenagem automática a velocidade do veículo conforme o fluxo da via, alerta de saída de faixa, alerta de colisão, sistema de frenagem de emergência e monitor de pontos cegos.

Se confirmados todos esses itens, somente alguns dos seus futuros concorrentes têm um pacote similar e, mesmo assim, custando de R$ 40 a R$ 50 mil a mais.

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JAC busca um novo começo

Há sete anos a JAC Motors estreava no mercado brasileiro com uma ação audaciosa de abrir 50 concessionárias num só dia e ganhar visibilidade com o ‘carro do Faustão’, aquele que era ‘completão’ - no caso o J3.

A volume de vendas da marca chinesa era interessante até o Inovar-Auto impor taxas pesadas aos importados e impactar diretamente nas vendas da montadora asiática. Uma fábrica na Bahia chegou a ser anunciada, para aliviar a tributação, mas ficou só na pedra fundamental e num J3 enterrado como se fosse uma cápsula do tempo.

Agora a montadora busca uma nova investida no país, trazendo produtos mais interessantes e com um cuidado maior na construção e nível de acabamento.

Os primeiros JACs a desembarcarem por aqui não passavam segurança, tampouco entregavam um visual de encher os olhos. Sem falar no pós-venda, alvo de críticas dos consumidores.

A renovação do portfólio começou com os utilitários T6 e o T5, lançados em 2015 e 2016, respectivamente, mas a nova estratégia de sofisticar seus carros iniciou com a chegada do T40. 

O modelo foi o primeiro a encarar a missão de diminuir a rejeição que o brasileiro ainda tem de carros chineses.

O T40 passou a ser o carro de entrada da marca no Brasil, com as aposentadorias dos compactos J2, J3 e J3 Turin, além do  sedã J5 e da minivan J6.