A nova geração do Jeep Compass começou a ser oferecida oficialmente nas lojas no dia 5 de novembro, ou seja, ainda nem completou um mês de vendas. Mas já foi o suficiente para mostrar seu enorme potencial para virar a nova sensação do mercado brasileiro.
Com 2.539 unidades emplacadas, o modelo feito em Goiana (PE) assumiu a liderança do segmento de SUVs/crossovers intermediários. O Hyundai ix35, seu rival direto mais próximo, negociou 564 unidades em novembro.
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Se somado ainda ao volume de Kia Sportage e os modelos Mitsubishi ASX e Outlander chega-se a 1.734 unidades, ou 805 a menos do que o Compass. Ou seja, sozinho o novo Jeep respondeu por mais de 50% das vendas do segmento.
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E não para por aí. Pelos números ele parece ter ‘roubado’ consumidores de outras categorias de carro, como projetava a fabricante à época do seu lançamento.
A nova geração do Honda Civic, à venda desde agosto e vice-líder entre os sedãs médios, registrou 2.534 licenciamentos, cinco a menos que o Compass. Até mesmo os sedãs de entrada (leia-se preços bem mais baixos) Ford Ka+ (2.521) e Renault Logan (2.262) ficaram atrás da novidade.
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Considerando os hatches médios, o desempenho do Compass impressiona ainda mais. A soma em novembro de VW Golf (579), Ford Focus (450), Chevrolet Cruze (154), Peugeot 308 (108) e Hyundai i30 (57) alcança 1.348 unidades, isto, um pouco mais da metade de emplacamento do SUV médio-compacto da Jeep.
Entre os SUVs/ crossovers em geral, o Compass ficou a 200 carros do Renault Duster (2.702), mas superou Ford EcoSport (2.218), Nissan Kicks (1.667) e Peugeot 2008 (842).
Briga entre irmãos
O sucesso do novo utilitário da Jeep respingou até dentro de casa. O irmão menor Renegade perdeu quase 1,5 mil unidades em relação a outubro (3.351 contra 4.804 do mês anterior), ficando a apenas 850 unidades à frente do Compass.
Considerando apenas as vendas no varejo, a distância entre os ‘irmãos’ foi ainda mais apertada, de apenas 32 unidades (2.266 do Renegade ante 2.234 do Compass) - os números citados anteriormente incluem também a venda direta (feita a frotistas, empresários e profissionais autônomos, governo, produtores rurais, taxistas, etc).
Agora é esperar os próximos meses para saber se este início avassalador vai virar num novo best-seller de vendas da Jeep.
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Vendas crescem 12% em novembro, mas desempenho no ano ainda é de queda
O setor automotivo teve um alento no mês de novembro. A venda de veículos novos no Brasil subiu 12,07% na comparação com outubro, segundo a Fenabrave - associação que reúne os distribuidores de veículos. Foram 173.561 unidades vendidas no mês, entre automóveis e comerciais leves.
Mas, não há muito o que comemorar. Em relação ao mesmo mês de 2015, a queda foi de 8,74%. Além disso, o mercado acumula retração de 20,78% nas vendas (1.787.362) ante o mesmo período do ano passado.
Segundo Alarico Assumpção Júnior, presidente da entidade, os últimos meses do ano são, historicamente, mais aquecidos para o setor. Os baixos volumes de emplacamentos verificados em setembro e outubro fazem com que este resultado positivo fosse esperado em novembro, diz Alarico.
Entre as montadoras, a Chevrolet fechou o 14.º mês consecutivo na liderança do mercado, com 32.820 unidades licenciadas, à frente da Fiat (27.144). A Hyundai (17.694) se mantém no pódio pelo terceiro mês, com a Ford (16.651) bem próxima.
Quem vem se recuperando é a Volkswagen, após cair para o sétimo lugar em outubro devido aos problemas de paralisação na produção. A marca subiu para o quinto lugar, à frente da Toyota (14.547) e da Renault (14.440).
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