Técnica do envelopamento é boa opção para os taxistas. Serviços corporativos são comuns| Foto: Fotos: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Documentação

Mudança de cor em mais de 50% do carro exige ida ao Detran

O motorista não pode mudar a cor predominante do veículo sem a autorização do Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná. Essa medida é necessária quando a mudança é feita em mais de 50% da superfície do carro. O primeiro passo é obter a autorização prévia. A taxa para esse serviço é de R$ 16,38. O proprietário deve apresentar CPF, documento de identificação com foto, o Certificado de Registro de Veículo (CRV), o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), além da vistoria e decalque do chassi para confirmação dos dados.

Depois de feita a alteração da cor, é preciso fazer o registro no Detran por um processo de Alteração de Características do Veículo. Além de apresentar os mesmos documentos exigidos para obter a autorização prévia, o motorista deve levar comprovante de residência, nota fiscal de prestação de serviço (ou declaração do particular que promoveu a modificação, com firma reconhecida) e cópia da autorização prévia (ou recolhimento da multa, caso não tenha cumprido essa etapa).

Nesse momento, o dono do carro vai pagar outras duas taxas: R$ 90,75 para emitir o novo CRV e mais R$ 90,49 pela mudança de cor.

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Mauro Bunick, dono da Adesipar, conta que coloca adesivos em quatro carros por dia
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Mudar a cor do carro ou proteger a lataria dos pequenos arranhões são desejos dos motoristas que podem ser facilmente atendidos com a aplicação de adesivos. As empresas que prestam esse serviço oferecem uma infinidade de produtos, cores e formas de aplicação que atendem a todas as expectativas. Nas ruas, o envelopamento fosco é facilmente percebido, mas a película transparente, que serve para proteção, nem é notada.

Os adesivos estão no mercado já há algum tempo. Há uns dois anos havia uma grande procura pelo preto fosco no carro inteiro, por exemplo. Hoje, alguns profissionais dizem que o interesse maior é pelos detalhes (colocar adesivo só no capô, por exemplo). Outros têm percebido uma grande procura pelo branco e há os que garantem que os donos de carros estão interessados em proteger a lataria, sem alterar a cor.

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Mauro Afonso Bunick, dono da Adesipar, conta que atualmente tem na sua linha de produção, em média, quatro carros por dia para adesivar. O volume maior é de serviços corporativos, ou seja, personalização de frotas para empresas e transformação para táxis, por exemplo. O custo do serviço varia conforme o material usado e o tamanho do veículo. Para colocar adesivo de cor brilhante o motorista gasta a partir de R$ 1,5 mil, segundo Bunick. No caso do fosco, o valor começa em aproximadamente R$ 1,2 mil.

Volney Darcy Bernardes, diretor de Logística da Garrett Centro de Reparação de Veículos, lembra que a empresa oferece o serviço há cinco anos e que a procura só tem aumentado. Os custos são semelhantes aos informados por Bunick. No caso de o motorista estar em busca de proteção da lataria, ele cita que usando resina líquida o custo é menor e parte de R$ 450 para carros pequenos. Mas também há produtos bem mais caros disponíveis no mercado.

Na Envelopamento Curi­­tiba, do empresário Antônio Carlos Anselmo da Conceição, a procura maior é pela colocação de adesivo em alguma parte do veículo, como teto ou capô, por exemplo. Ele conta que faz o serviço há cinco anos, mas que diminuiu a procura pelo envelopamento do carro todo, como se fazia antes.

Ele também percebeu uma procura maior pelo produto que protege a lataria sem mexer na cor do veículo. Segundo Bunick, da Adesipar, esse material é bastante eficiente contra os estragos provocados por pedras, raspadinhas na parede e arranhões de cachorros, por exemplo.

O material pode ser aplicado sobre qualquer lataria, mas é importante que ela esteja em boas condições. Bunick diz que orienta os clientes para que resolvam os eventuais problemas da lataria antes de levar para a aplicação do adesivo. Bernardes, da Garrett, ressalta que o importante é que o motorista sempre cuide do veículo (tenha ele proteção da lataria ou não), evitando estacionar em locais mais propícios a problemas, como perto de construções, por exemplo.

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