Lenda urbana: Ford Maverick completa 45 anos no Brasil

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O Ford Maverick, carro dos sonhos dos jovens nos anos 70, completou 45 anos de seu lançamento no Brasil. Apesar de vida curta, não faltam fãs e colecionadores do cupê esportivo que foi produzido por apenas seis anos em território nacional.

Inspirado no Mustang, o Maverick foi lançado em 1969 nos Estados Unidos para concorrer com modelos japoneses e europeus. Ele tinha tamanho e preços menores se comparados a outros exemplares da marca e fez sucesso imediato. Foram 579 mil unidades vendidas logo no primeiro ano.

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A Ford buscava um veículo para completar sua linha no Brasil e ocupar o espaço existente entre o Corcel, de entrada, e o topo de linha Galaxie. O esportivo foi o escolhido para preencher essa lacuna. 

O modelo com motor dianteiro e tração traseira foi apresentado ao público brasileiro no Salão do Automóvel de 1972 e chegou ao mercado no ano seguinte. Ele foi produzido na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo.

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Versões iam do cupê ao GT V8

Inicialmente, o Maverick era oferecido apenas na configuração cupê, de duas portas nas versões Super, Super Luxo e GT, com duas opções de motor: 3.0 de seis cilindros em linha, de 112 cv, e V8 5.0, de 197 cv. Ambos podiam vir equipados com câmbio manual de quatro marchas, com alavanca no assoalho, ou automático de três marchas, com comando na coluna de direção.

A versão GT, com motor V8 e câmbio manual, teve produção limitada e marcou a esportividade da linha. No mesmo ano, foi lançada a opção sedã de quatro portas.

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Do Chuí a Brasília

A imagem do Maverick também foi reforçada com a participação no ‘Raid da Integração Nacional', uma aventura que rodou 17 mil km de Chuí até Brasília. Foram 24 dias em que o veículo percorreu todas as capitais da época passando por centenas de cidades do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil.

A crise do petróleo que abalou o mundo mudou radicalmente o perfil do mercado, que passou a priorizar a economia de combustível. Em 1975, o motor de seis cilindros foi substituído por um modelo mais moderno e econômico, o 2.3 de quatro cilindros com comando de válvulas no cabeçote e 99 cv. Pouco depois, o modelo GT também passou a oferecer o mesmo motor 2.3 de série, tendo o V8 como opcional.

Sucesso nas pistas

O  Maverick também fez muito sucesso nas pistas, tirando proveito de seu porte e desenho aerodinâmico com preparações especiais que ampliavam a potência do poderoso motor V8. Pilotos como José Carlos Pace comandaram o esportivo em diferentes categorias , como o Campeonato Brasileiro de Turismo e provas de arrancada.

O carro lendário somou 108.106 unidades vendidas no Brasil até sair de linha em 1979. Sua história continua sendo cultuada por admiradores ano após ano, que resgatam o sonho de acelerar o carro como se estivessem nos anos 70.