Levamos o Lobini para a pista

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Num primeiro olhar os mais desatentos podem confundi-lo com uma Ferrari ou um Lamborghini. Não pelos traços, pois suas linhas são distintas das famosas marcas italianas, mas pelo design superesportivo do carro que remete aos importados. O veículo, no caso, é o brasileiríssimo Lobini H1, fabricado artesanalmente em Cotia (SP), com um volume de produção de duas a quatro unidades/mês.

O modelo, que veio a público pela primeira vez no Salão de Automóvel de São Paulo, em 2002, foi idealizado há quase uma década pelos empresários paulistas José Orlando Lobo e Fábio Birolini. Ele encerra uma lacuna de quase 20 anos na criação nacional de veículos fora-de-série. Os mais antigos lembram com saudosismo do Puma, Miura e Farus, que tiveram sua época áurea entre o fim dos anos 70 e 80, mas que acabaram extintos com a invasão dos importados. Agora, a história dos esportivos projetados no Brasil parece esboçar um retorno.

Levar o Lobini H1 para casa significa desembolsar R$ 170 mil. O valor impressiona, mas é o preço da exclusividade. A compra é só sob encomenda e o cliente tem a opção de pagar em diversas parcelas. Quando as prestações atingirem 70% do valor do carro, ele começa a ser fabricado.

A reportagem da Gazeta do Povo teve a oportunidade de acelar um exemplar no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, e perceber o quanto ele é arisco. O motor turbo 1.8 20V de 4 cilindros está localizado na parte traseira. Seus 180 cavalos e 25,5 kgfm de torque máximo, emprestado do Golf GTI/Audi A3, faz miséria num carro que pesa apenas 1.025 quilos e de dimensões compactas – 3,72 m de comprimento (menor que um Gol), 1,18 m de altura e 1,80 m de largura. Segundo a fábrica, o Lobini pode acelerar da imobilidade aos 100 km/h abaixo de 6 segundos e atingir velocidade final de 230 km/h. Na reta do autódromo de Pinhais foi possível ultrapassar os 170 km/h sem grande esforço. A baixa posição no dirigir transmite a sensação de estar pilotando um carro de corrida.

Apesar da ausência do controle de estabilidade e freios ABS, o conversível de dois lugares atendeu com segurança aos comandos do motorista - mesmo assim um controle eletrônico de freios seria bem-vindo. Só tome cuidado com a rapidez na resposta da direção, ela pode surpreender os menos iniciados com o carro. O Lobini vem ainda com freios a disco nas quatro rodas, tração traseira e suspensões independentes. A estrutura tubular é feita em aço e a carroceria de plástico reforçada com fibra de vidro.

Entre os itens de série estão direção hidráulica, ar-condicionado, painel móvel em conjunto com o volante, portas de abertura elétrica vertical, CD player, vidros elétricos, botão de partida e bancos do tipo concha reclináveis. Como opcionais há controlador de velocidade, navegador e cinto de quatro pontos. A capota é fácil de remover de forma manual (pesa apenas 5 kg) e pode ser acoplada na traseira do veículo.

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Mais informações pelo fone (11) 4777-0185 ou no site (www.lobini.com.br).