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O Nissan Livina já é vendido na China, na Indonésia, no Vietnã, em Taiwan e na África do Sul:
Ausências - Para conseguir a competitividade pela faixa de preço, o projeto abriu mão de detalhes importantes de conforto. Além do ajuste de altura do banco e do cinto de segurança, o modelo não vem equipado com computador de bordo e marcador de temperatura, falta espelho no para-sol do motorista e o do passageiro não tem luz. Falta também o sistema de travamento automático das portas.
Mix - Do total de Livina a ser produzido em São José dos Pinhais, 20% é da versão 1.8 SL, 25% da 1.8, 20% da 1.6 SL e 35% corresponde à versão 1.6.
Flex - Depois da minivan, o hatch Tiida também receberá motorização flex de 1,8 litro ainda no primeiro semestre. O três volumes Sentra receberá este tipo de motorização no fim do ano.
Tanquinho - O fabricante inovou ao posicionar o tanque auxiliar da partida a frio no pé do para-brisa. Com isso, não é preciso abrir o capô para colocar gasolina e, dessa forma, evitam-se riscos como o de a gasolina vazar sobre o motor quente. Em contrapartida, existe a possibilidade de o frentista deixar pingar combustível na lataria.
A Nissan finalmente se rendeu à tecnologia bicombustível ao lançar na terça-feira passada, em Curitiba, o monovolume Livina. A era flexível, iniciada há quase seis anos por aqui, virou uma obrigação para quem quiser brigar para valer no mercado de automóveis. O Livina também é o primeiro carro de passeio da marca japonesa fabricado no Brasil. O modelo sai do complexo Renault-Nissan, em São José dos Pinhais (PR), nas versões básica 1.6 16V (R$ 47.640) e SL 1.6 16V (R$ 52.440), sempre com câmbio manual de cinco marchas; e básica 1.8 (R$ 51.640) e SL 1.8 (R$ 57.640), ambas com transmissão automática de quatro marchas.
Com o Livina, a Nissan espera contornar sua dependência de gasolina, calcanhar-de-aquiles de modelos como o sedã Sentra e o hatch Tiida (importados do México). E também projetar de vez a marca no país. Atualmente, ela detém apenas 1% de participação do mercado nacional.
Otimismo é que não falta pelo lado da montadora. A previsão de vendas do modelo para este ano, de abril a dezembro, é de 7.200 unidades ou 800 carros por mês. Esse número, se atingido, fará do Livina o modelo mais vendido da Nissan no Brasil. Ainda está distante do Honda Fit, líder do segmento e que nos primeiros meses deste ano já emplacou 6.700, mas pode incomodar o Chevrolet Meriva e o Fiat Idea, e, quem sabe, atrair eventuais compradores de hatches médios.
O visual um tanto curioso do Livina pode inibir um pouco as pretensões japonesas. Se de um lado a grade frontal agrada ao remeter ao crossover de luxo Murano, do outro o conjunto dela com os faróis faz lembrar o Renault Clio. Olhando de lado, o carro lembra o Fit descontinuado pela Honda no fim do ano passado. Já na traseira, o estilo Nissan fica mais evidenciado. As lanternas têm recorte "triangular" e o vidro traz o formato widescreen (comprido e fino). Quem olha de trás imagina se tratar de um hatch.
Amplo
Por dentro, a minivan certamente irá agradar quem valoriza o espaço. Baseada na plataforma da Renault Scénic, ela comporta cinco ocupantes (a Grand Livina, para sete, chega no meio do ano) e porta-malas de 449 litros é o maior da categoria. A Nissan também é dona das maiores dimensões, como comprimento de 4,18 metros (o Fit tem 3,9 m) e distância entre-eixos de 2,6 metros (2,5 metros no Honda). O carro de entrada já vem com ar-condicionado, direção elétrica com ajuste de altura, air bag para o motorista, vidros e travas e retrovisores elétricos. A mais, a versão SL traz duplo air bag, freios ABS com EBD, volante de couro, rádio CD Player com MP3 e entrada para iPod, roda de liga leve de 15", faróis de neblina e travamento automático das portas. A surpresa negativa é a ausência da regulagem de altura no banco dianteiro, nem nas versões SL. Com isso, o carro deixa de transmitir ao motorista a sensação de ficar mais alto do que os outros no trânsito.
O propulsor 1.6 tem potências de 104/108 cv (gasolina/álcool) e torque de 14,9/15,3 kgfm (g/a); e o 1.8 16V, de 125/126 cv (g/a) e 17,5 kgfm (g/a). De acordo com o fabricante, o Livina 1.6 acelera de em 11,7 segundos e alcança 183 km/h. O consumo divulgado é de 7,7 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada. Os números foram medidos com álcool. Já o motor mais potente e com caixa automática (emprestada do Tiida) leva o monovolume a 100 km/h em 10,7 segundos e chega a 182 km/h. Na cidade, precisa de um litro de álcool para rodar 7 km. Com a mesma quantidade, roda 10,3 km na estrada.
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