Nas ruas - Desempenho eficiente
O Logan ganhou o motor 1.0 16 V do Clio, mas o câmbio de cinco marchas e o diferencial tiveram as relações encurtadas para dar mais agilidade ao carro, que é 100 quilos mais pesado que o Clio sedã. No trânsito urbano o carro vai bem, com uma suspensão bem ajustada 15 cm mais alta para o piso das ruas e estradas do Brasil. A grande área envidraçada garante uma boa visibilidade ao motorista. Rodando em 5.ª marcha, a cerca de 100 km/h em uma rodovia, o motor gira a cerca de 3.500 rpm, e o isolamento acústico cumpre bem a sua finalidade. As retomadas são um pouco lentas, mas normais se tratando de um motor 1.0.
Rio de Janeiro (RJ) Baixo custo de manutenção, três anos de garantia ou 100 mil quilômetros, valor de revenda assegurado e amplo espaço interno são os principais apelos da Renault para o seu sedã compacto Logan conquistar o consumidor. O novo carro que estará nas concessionárias no início de julho conta com três versões de acabamento e duas motorizações. O Authentique, modelo de entrada, equipado com motor 1.0 l Hi-Flex, custa R$ 27 990, enquanto o 1.0 Expression sai por R$ 29 480. Já a versão top, com motor 1.6 l Hi-Flex, a Privilége, parte de R$ 36 790.
Projetado para atrair o cliente muito mais pela razão do que pela emoção, o Logan já chega acompanhado por dois planos especiais para facilitar a sua compra. No primeiro, o cliente terá de dar um entrada de 35% e o restante em 72x de R$ 399. No segundo plano, a entrada será de 40% com o saldo restante dividido em 36x de R$ 599. Em ambos os planos estarão inclusos o seguro do veículo e também um seguro que garantirá o pagamento no caso do cliente perder o emprego. A montadora também oferece ao fim de três anos a possibilidade do proprietário trocar seu Logan usado por um novo e continuar pagando as mesmas parcelas sem reajuste. Prevendo comercializar inicialmente 1.500 unidades/ mês, a Renault com o Logan pretende saltar da venda de 68 mil unidades em 2006 para 112 mil unidades neste ano, 64% a mais.
Espaço
O sedã compacto de linhas fluidas, despojadas, quase retas, chama a atenção pelo espaço interno tanto, para as pernas como para a cabeça, e pelo porta-malas, com capacidade para transportar 510 litros. Com 4,25 metros de comprimento (o maior do segmento), tem a largura, a altura e a distância entreeixos superiores aos do Corolla, tomado como referência pela Renault. O acabamento interno tem a mesma qualidade de plásticos utilizada no Clio europeu, conforme garante a Renault. O painel conta com o volante de três raios do Clio e saídas de ar circulares.
A versão 1.0 de entrada que deve representar 75% das vendas do sedã vem com pneus 185/70R14, pára-choques pintados na cor do carro e quatro cintos de segurança de três pontos entre os itens de série. O Logan 1.0 Flex tem 76 cv de potência com gasolina e 77 cv com álcool e 10,1 kgfm de torque com qualquer um dos combustíveis. De acordo com a fábrica, o sedã compacto precisa de 14,3 s (G) e 14,2 s (A) para ser acelerado de 0 a 100 km/h. Os números são semelhantes ao do Clio Sedan (14,3 s e 14,1 s respectivamente), que é 100 quilos mais leve. No motor 1.6 16V Flex são 107 cv e 15,1 kgfm (G) e 112 cv e 15,5 kgfm (A). Alimentado com gasolina, precisou de 10,3 s na aceleração de 0 a 100 km/h e 10,1 s com o derivado da cana. No quesito velocidade máxima, o Logan equipado com motor 1.6 16V Hi-Flex atinge 182 km/h (G) e 185 km/h (A).
Seus principais concorrentes são Fiat Siena, Ford Fiesta Sedan e Chevrolet Prisma. Produzido no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, região da Grande Curitiba, o carro faz parte do plano da montadora, anunciado no ano passado, de ter seis novos modelos no Brasil até 2009 como forma de aumentar a participação no mercado. Dois carros já haviam sido lançados em 2006: o novo Mégane e a Mégane Grand Tour. No total, o plano prevê investimentos de 300 milhões.
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