Uma pesquisa elaborada pela Arteris, concessionária com atuação em todo o país, confirmou uma impressão recorrente no Brasil: a maioria dos motoristas não usa seta ao mudar de faixa. O levantamento foi feito em rodovias, mas o resultado provavelmente se encaixaria no trânsito urbano.
A empresa catalogou 82 mil veículos e em 57,7% deles os condutores foram para a outra faixa de rodagem sem sinalizar. O método aplicado pela Arteris foi o mesmo usado na Europa e por lá o índice é menor: na França 26% cometem tal negligência e na Espanha o porcentual sobe para 39,6%.
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Deixar de acionar o pisca não está nas lista de infrações mais punidas, porém é uma atitude que atrapalha a fluidez do trânsito e aumenta o risco de colisão nas estradas, já que os demais motoristas não conseguem programar a redução de velocidade necessária ou frear a tempo.
Não sinalizar a mudança de direção é considerado violação grave, sujeito a multa de R$ 195,23 e penalidade 5 pontos na carteira de habilitação.
Cinto de segurança
A pesquisa também verificou o uso do cinto de segurança e registrou que apenas 1% dos passageiros que sentam na frente não utilizam o equipamento. Em contrapartida, no banco traseiro o dispositivo é ignorado por 48% dos ocupantes. Na Espanha, a taxa foi de 21%.
Isso comprova que ainda há uma falsa sensação de segurança de quem vai atrás. De acordo com estudo da Organização Mundial de Saúde, o uso do cinto reduz em até 75% o risco de ferimentos fatais em ocupantes do banco traseiro - nos passageiros da frente esse risco cai em 50%.
Em uma colisão frontal ou desaceleração brusca, os ocupantes traseiros sem o cinto podem ser arremessados contra quem está na frente. No caso de capotamento, podem ser jogados para fora do veículo.
Segundo dados da Polícia Rodoviária, a média é de uma multa por este tipo de desobediência da leia a cada 2 minutos em estradas federais. Ser flagrado sem o cinto incorre em multa de R$ 193,23 e 5 pontos na CNH.
Celular e velocidade
Outro dado apurado pelo levantamento diz respeito ao uso de celular ao volante e excesso de velocidade. Neste caso, os brasileiros foram mais prudentes que os europeus. Somente 1,19% dos motoristas foi flagrado com o telefone móvel nas mãos. Na França, o porcentual foi de 4,1% e na Espanha, de 4,6%.
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Já 41% dos franceses costumam rodar acima da velocidade permitida da rodovia, enquanto 38,3% dos espanhóis e 29,6% dos brasileiros são imprudentes com a aceleração.
Exceder a velocidade pode custar multas R$ 130,16 a R$ 586,94 e perdas de 4 a 7 pontos na carteira, além da suspensão imediata do direito de dirigir. por sua vez, usar o celular na direção é passível de multa R$ 293,47 e 7 pontos no prontuário.
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