R$ 420 mil
é o preço do MAN TGX 29.440 6x4, modelo que começa a chegar nas lojas em maio. No Brasil, 65 das 150 concessionárias Volkswagen estão habilitadas para vender o produto. Outras 85 estão em processo de nomeação.
Poluição
Controle de emissões exige adaptação das montadoras
A nova fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve P7) entrou em vigor em janeiro deste ano. A legislação é similar à europeia Euro 5 e exige, além de modificações nos motores, novos sistemas de pós-tratamento dos gases de escapamento e uso de diesel com reduzido teor de enxofre.
A eliminação do óxido de nitrogênio, gerado no escapamento, é possível por meio de duas tecnologias: recirculação do gás, que retorna à admissão, reduzindo a temperatura da combustão; e pela redução catalítica seletiva, que exige o uso do Arla 32, um reagente líquido que deve ser pulverizado no gás de escapamento.
Quanto ao diesel, os veículos P7 agora devem ser abastecidos com o S50 de 50 ppm (partes por milhão) de enxofre. A partir de 2013, ele será substituído pelo S10. Atualmente, o diesel vendido nos grandes centros urbanos é o S500.
A MAN Latin America, controlada pela Volkswagen, coloca nas concessionárias, a partir de maio, o novo caminhão TGX produzido na fábrica de Resende (RJ). Até agora, a marca é líder de vendas no Brasil em todos os segmentos de caminhões, mas não era praticamente representada entre os extrapesados (com mais de 400 cavalos). Com a chegada do TGX, a marca almeja 30% deste mercado num prazo de três anos, diz Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. O objetivo, completa, é vender 5 mil unidades por ano.
Em 2009, quando teve início a união das duas marcas, a Volkswagen identificou a importância dos extrapesados, que respondem por 16% do mercado de caminhões. Fora do segmento no Brasil, a MAN Latin America decidiu trazer 40 unidades do TGX para teste com frotistas, que rodaram 5 milhões de quilômetros, conta Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da empresa.
Segundo ele, os clientes pediram que o TGX produzido no Brasil fosse econômico, durável e de fácil operação. Começou então um trabalho de adaptação do modelo às condições das estradas brasileiras. Para produção no Brasil, o caminhão original passou por 240 modificações. O índice de nacionalização hoje é de 40% e a meta é chegar a 60% em um ano.
Nas lojas
O TGX tem motor MAN D26 de 12.4 litros e potência de 440 cavalos. O câmbio é automático de 16 marchas, mas pode ser manual, caso o cliente queira. O freio a tambor conta, de série, com ABS e EBS. A cabine, segundo informações da MAN Latin America, é a maior da categoria, assim como a cama. Entre os itens de conforto, ar-condicionado digital e 33 porta-objetos.
A versão do TGX que estará nas concessionárias em maio é a 29.440 6x4, destinada ao transporte rodoviário de médias e longas distâncias. Outras duas opções estarão disponíveis na sequência. O 33.440 6x4, com redução nos cubos, vai chegar em julho. Depois, em outubro, será a vez do 28.440 6x2.
A MAN Latin America reuniu jornalistas de 13 países no Guarujá, litoral de São Paulo, para a apresentação do TGX, projeto que consumiu R$ 100 milhões em desenvolvimento, nova linha de produção e lançamento. O caminhão produzido no Brasil será vendido em toda a América Latina e no México, diz Marcos Forgioni, diretor de Exportação. Além do Brasil, os primeiros países a receber o modelo serão Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai.
A chegada do novo caminhão deve ajudar na recuperação das vendas, que caíram 10% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Segundo Roberto Cortes, a indústria de caminhões e ônibus produziu menos nesse início de ano devido às mudanças na lei de emissões (leia ao lado). Mas ele está confiante na recuperação das vendas e diz que, para isso, é preciso promover os benefícios do Euro 5, regularizar o abastecimento de diesel S50 e de Arla 32 e facilitar o financiamento.
A jornalista viajou a convite da MAN Latin America.
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