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 | Fotos: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
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Fácil até para quem não é habilidoso

Meu primeiro e único contato com um skate se deu na infância e o resultado foi um tombo. Agora, pa­­ra escrever sobre o skate elétrico, eu teria de testá-lo, o que não me espantou na teoria, mas me deixou um pouco receosa no primeiro contato visual com esse meio de transporte econômico e ecologicamente correto.

Observei os empresários desfilando pelo parque, completamente à vontade, e decidi tentar. Até comentei que estava com um pouco de medo de cair e eles tra­­taram de me contar que a Ana Maria Braga não caiu. Bem, a partir desse comentário passou a ser uma questão de honra não cair.

E o risco é realmente mínimo. Ao contrário do skate normal, ele não se movimenta quando você pisa porque é maior e mais pesado. Tai­­­rone Passos, por via das dúvidas, posicionou o nível de velocidade para iniciantes. Melhor assim. E lá fui eu. São segundos de insegurança e logo você começa a acreditar que é um skatista. Um perigo isso!

Mas o mais divertido foi obser­­var a reação de um grupo de crian­­­­ças que estavam no local. Eles vibravam com as manobras do Passos e do Eduardo Félix. E quan­­do chegou a minha vez eles ficaram impacientes com o meu de­­sempenho. Logo começa­ram a dar dicas e me lembrar que eu tinha de andar mais rápido. "Aperta o botão", gritava um menino.

  • Eduardo Félix: executivo a bordo do skate elétrico
  • Edinaldo Dias: de skate da casa para o trabalho
  • Skate agrega motor elétrico, circuito wireless e baterias
  • Controle com transmissão via wireless é um dos diferenciais

O empresário Edinaldo Si­­queira Dias costumava percorrer os 5 quilômetros que separam sua casa do trabalho de skate. O trajeto era feito em aproximadamente dez minutos. Ultimamente ele teve de deixar esse hábito de lado porque vendeu o seu mais habitual meio de transporte. O skate elétrico que ele vende em sua loja está tão popular que, na falta do produto em estoque, Dias precisou se desfazer do seu para não deixar um cliente na mão.

Quem trouxe essa novidade para o Brasil foram os em­­presários pa­­ra­­naenses Tairo­ne Passos e Eduar­­do Félix. Amigos deles que estavam na Califórnia (Estados Unidos) falaram do produto e eles conseguiram chegar ao fabricante na China, que fornece o skate elétrico para os mercados norte-americano e europeu. Na América do Sul, o primeiro país a receber a novidade foi o Brasil, em 2007. Agora, Passos e Félix estão em processo de negociação para vender o produto também na Argentina e no Chile.

A estrutura do skate elétrico é igual ao de um normal, mas ele agrega um motor elétrico, o circuito wi­­reless e as baterias, que são de chumbo. Por tudo isso, o modelo street pesa 20 quilos e o off-road, 30 quilos. Além de mais pesado, o elétrico é também maior. São 110 centímetros de comprimento e 23 centímetros de largura, en­­quanto os skates pequenos, os mais comuns, têm 70 centí­me­­tros de com­­primento e 20 de largura.

A bateria carregada permite que o usuário rode cerca de uma hora e meia, ou 15 quilômetros. O modelo street suporta uma carga de 85 quilos, enquanto o off-road leva 100 quilos. Para carregar a bateria novamente basta ligá-la a uma tomada normal durante quatro ho­­ras. Pas­­sos explica que o controle com transmissão via wireless é um dos grandes diferenciais do skate elétrico. A aceleração se dá movimentando o "gatilho" para trás e o freio é acionado com o movimento para frente.

Nesse controle que fica na mão tam­­bém é possível determinar o nível de velocidade máxima. São três: iniciante (15 km/h), intermediário (25 km/h) e avançado (35 km/h). O interessante é que o botão que determina esses níveis fica bem escondido. Segundo Passos, isso é bom porque permite maior controle quando o skate elétrico é entregue para uma criança, por exemplo.

Quem optar por esse meio de trans­­porte pode circular pelas ruas, calçadas e ciclovias. Passos garante que o skate enfrenta subidas e descidas com bastante tranquilidade. E em relação à preocupação com a segurança, ele diz que é como an­­dar de bicicleta. Não é obrigatório, mas é importante o uso de capacete, completa o empresário.

Passos e Félix são os importadores e distribuidores exclusivos do ska­­te elétrico no Brasil. Até agora foram vendidas aproximadamente 700 unidades e a expectativa, a partir de agora, é de que sejam co­­mercializados 150 skates por mês nos quase 70 pontos de venda es­­palhados pelo país. Um dos fatores que deve impulsionar as vendas, aponta Passos, é a queda de 30% no preço desde o ano passado. "Ficou mais barato por causa da redução do dólar e também pelo volume de vendas".

Serviço:

Os skates estão à venda nas lojas listadas no site www.skateeletrico.com. O modelo street custa R$ 1.490 e o off-road, R$ 1.790.

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