Expansão
Investimentos na fábrica de Catalão somam R$ 1,1 bi
A fábrica da Mitsubishi em Catalão (GO) é um canteiro de obras. Em 2010 teve início o Projeto Anhanguera II, que prevê um investimento de R$ 1,1 bilhão até 2015. O valor vai multiplicar, e muito, a estrutura da unidade, a produção e os empregos.
Aos números. Nesse período, a área construída vai passar de 14 mil metros quadrados para 247 mil metros quadrados. Os funcionários, que eram 150, chegarão a 4,5 mil. Hoje já são quase 4 mil. A capacidade produtiva vai dobrar, passando de 50 mil veículos por ano para 100 mil. O número de unidades vendidas vai dar um salto muito maior: passando de 9.308 em 2010 para 85 mil em 2015.
No meio de todo esse processo de expansão, a Mitsubishi vai fomentar a criação do condomínio de fornecedores, que deve reunir de 10 a 15 empresas, implantou uma fábrica de motores e promete, ainda, lançar cinco produtos.
Nacional
Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil, lembra que a fábrica é 100% nacional e não conta com capital da multinacional. "Temos um acordo comercial com a empresa japonesa", esclarece. A unidade brasileira representa a marca no país e tem licença técnica para produzir os carros da Mitsubishi desde 1991. A fábrica de Catalão foi construída em 1997 e o primeiro produto fabricado aqui, no ano seguinte, foi a picape L200 Triton.
Para alcançar a meta de vender 85 mil carros por ano, a Mitsubishi precisa, também, ampliar sua rede de concessionárias pelo país. No ano passado, 181 estavam em funcionamento. Em 2013 a meta é chegar a dezembro com 190 lojas em operação. Lá na frente, em 2015, deverão ser 200 unidades.
A marca japonesa também está se valendo do Inovar-Auto, o programa de incentivo à indústria automotiva lançado pelo governo federal. A empresa foi habilitada em maio deste ano e está trabalhando para atingir todas as metas estipuladas pelo programa e, assim, desfrutar dos benefícios. "Já utilizamos 9 dos 12 processos produtivos exigidos pelo Inovar-Auto", conta Rittscher.
5,9% era o porcentual de participação da Mitsubishi no mercado de crossover no ano passado. A montadora não faz previsões para 2013. Os principais concorrentes do ASX são Honda CR-V, Kia Sportage, Chevrolet Captiva e Hyundai ix35.
A partir de julho, o Mitsubishi ASX vendido nas concessionárias em todo o país será o modelo fabricado na unidade da Mitsubishi Motors do Brasil em Catalão (GO). A nacionalização do crossover que é vendido por aqui desde 2010 representa uma redução de cerca de 2% no preço do carro e a direção da empresa garante que não houve redução da qualidade.
O consumidor vai encontrar três versões do ASX. A top, 4x4 automática, vai custar R$ 99.990. Se o cliente quiser incluir teto de vidro panorâmico e faróis de xênon, o preço sobe para R$ 105.990. Essa versão deve responder por 50% das vendas do modelo. Depois vem a 4x2 automática, por R$ 89.490, e que terá participação de 45% no volume vendido. Finalmente, a 4x2 mecânica, que ficará com os outros 5% do mix, sairá por R$ 83.490.
Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil, aponta números que mostram o otimismo da empresa com o desempenho do ASX no mercado. Este ano deverão ser vendidas 11.200 unidades, sendo 4.700 importadas e 6.500 nacionais. O volume é praticamente o mesmo de 2012, quando saíram das concessionárias 11.010 unidades do ASX. Já para 2014 a Mitsubishi aposta no aumento das vendas e o volume deve chegar a 15.600.
No ano passado, a participação da marca no mercado de crossover era de 5,9%. Rittscher prefere não falar da expectativa para este ano. Os principais concorrentes do ASX, segundo ele, são Honda CR-V, Kia Sportage, Chevrolet Captiva e Hyundai ix35.
Nacionalização
No processo de nacionalização, o ASX ganhou em performance, garante o presidente. O trabalho da equipe de engenharia resultou em melhoria dos sistemas de suspensão, amortecedores e molas, segundo Rittscher. O modelo também passa a ser equipado com rodas e pneus de 18".
Sob o capô, o ASX conta com um motor 2.0 litros de 4 cilindros e 16 válvulas, produzido no Brasil, de 160 cavalos e torque de 20,1 kgfm a 4.200 rpm. Segundo dados da fabricante, o carro atinge a velocidade máxima de 194 km/h e vai de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos. Quanto ao consumo de combustível, o ASX, que só pode ser abastecido com gasolina, faz 8,4 quilômetros com um litro na cidade e 10,4 km/l na estrada.
À pergunta inevitável sobre os motivos de não ser oferecido um motor flex, Rittscher deu a resposta. Segundo ele, a fábrica concentrou seus esforços na nacionalização, em função do Inovar-Auto, e por isso o desenvolvimento do propulsor flex ficou para uma segunda fase. "Questão de prioridade", diz. O Inovar-Auto é o programa de incentivo à indústria automotiva lançado pelo governo federal.
A versão automática do ASX é equipada com câmbio CVT e paddle shifters. As borboletas atrás do volante são de um tamanho bom, facilitando a troca de marchas. E o crossover conta, ainda, com sistema eletrônico para acionamento da tração.
A jornalista viajou a convite da Mitsubishi
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião