O governo federal avalia a possibilidade de viabilizar o nascimento de uma montadora nacional para veículos elétricos, nos moldes de uma Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica. O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, está engajado na oferta de dinheiro público para a pesquisa da tecnologia e vê nas mudanças por que passa a indústria automobilística no mundo uma "oportunidade" para empresas nacionais entrarem no negócio. Hoje, o mercado brasileiro, um dos maiores do mundo, é dominado por multinacionais.
A ideia de uma indústria automobilística nacional começou a ser discutida no ano passado, a partir de uma esperada revolução tecnológica provocada pelos carros elétricos. Desde então, a defesa dos carros elétricos ganhou adeptos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Enquanto isso, a aliança Renault-Nissan está na corrida para viabilizar um carro elétrico no Brasil. Uma parceria entre o grupo e a prefeitura de São Paulo firmada em abril deste ano estuda oportunidades de uso do modelo Leaf na capital paulista. Segundo a companhia, a parceria envolve estudos de viabilidade, infraestrutura, recursos e produtos, que incluem a implantação de uma rede de recarga na cidade.
No entanto, o presidente-executivo da aliança, Carlos Ghosn, afirmou recentemente que "não achamos que haverá condições de termos uma comercialização em massa (no Brasil) se não houver incentivo do governo para o consumidor". Segundo o executivo, a produção do Leaf no Brasil depende de garantia de uma demanda de pelo menos 50 mil carros por ano. O veículo é capaz de percorrer 160 quilômetros com uma carga na bateria e será vendido nos Estados Unidos por US$ 25.280 (R$ 44.500). Os consumidores norte-americanos recebem incentivos de cerca de US$ 7.500 na compra de veículos elétricos.
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