Entre as quatro maiores montadoras, que juntas respondem por 70% da venda de automóveis e comerciais leves no País, duas ganharam participação no mercado e duas perderam. No período de um ano, contado até novembro, a Fiat, líder em vendas, melhorou seu desempenho em 1,09 ponto (para 23,2%) e a Volkswagen em 0,73 ponto (21,2%). Já a GM perdeu 0,82 ponto (17,6%) e a Ford, 0,32 (8,9%).
A fabricante que mais cresceu foi a Nissan - 1,1 ponto -, passando a responder por 2,9% das vendas. Marcas que só importam foram as maiores perdedoras, em razão da alta do IPI em 30 pontos porcentuais para carros sem conteúdo local, em vigor há um ano. A mais prejudicada foi a Kia, que saiu de uma fatia de 2 33% em 2011 para 1,17% neste ano.
A briga pelo consumidor vai esquentar em 2013, quando é esperado crescimento de 3,5% a 4,5% nas vendas totais, para novo recorde de quase 3,9 milhões de veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Para alguns analistas, como o diretor da A.T.Kearney, David Wong essa projeção é otimista. "Com muita sorte a economia brasileira deve crescer até 3% e o mercado de carros, entre 2% e 3%", prevê. Vários executivos do setor também apostam em alta de 2%, ainda assim com a manutenção do corte do IPI, previsto para acabar dia 31. O benefício, em vigor desde maio, já não tem o mesmo apelo ao consumo, mas seu fim pode significar alta média de 10% nos preços. "O mercado pode estar acomodado com o preço baixo, mas não com o alto", avalia Ricardo Pazzianotto, da PWC.
Ociosidade. Uma preocupação extra será a ociosidade nas fábricas. Todas as montadoras estão ampliando a capacidade produtiva e novas fábricas começam a entrar em operação. "O excesso de capacidade passará de 814 mil veículos neste ano para mais de 1,1 milhão em 2013", calcula Pazzianotto. Ele projeta uma ociosidade de 25% na capacidade produtiva, prevista em 4,57 milhões de automóveis e comerciais leves, para uma produção estimada em 3,4 milhões de veículos desse segmento.
Neste ano, as fábricas operaram com 80% da capacidade instalada. O setor vai encerrar 2012 com produção de cerca de 3,36 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), queda de 1,5% em relação a 2011, a primeira baixa em dez anos.
O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que esperava alta de 2%, creditou o desempenho à queda da exportação, que será 21% inferior ao volume de 2011. "No ano todo mantivemos expectativa de reação, especialmente a partir da desvalorização do real, mas não ocorreu". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião