Completamente diferente de outros modelos elétricos, que apresentam desempenho insatisfatório ou autonomia muito baixa, as motos elétricas da norte-americana Zero, apresentadas recentemente no Salão Duas Rodas, devem surpreender os consumidores. O grande diferencial destas motos é a duradoura e eficiente bateria de íon-lítio, a mesma que faz o celular e o laptop funcionarem.
Desenvolvida por Neil Saiki, engenheiro aeronáutico com passagem pela NASA, o grande benefício da bateria Z-Force é a densidade de potência, ou seja, o quanto de potência armazena em cada quilo. Segundo a Zero, a taxa é a maior do mercado. Pensando que as baterias estão para as motos elétricas como a gasolina para as motos convencionais, podemos dizer que a Zero usa uma moderna injeção eletrônica sequencial, enquanto as outras motos elétricas optam pelo velho carburador.
A empresa, localizada em Santa Cruz, Califórnia (EUA), aproveitou-se também da paixão de Saiki pelas mountain bikes e de seu conhecimento em ligas-leve de metal para desenhar motos muito leves e resistentes. "Não se trata de uma adaptação. Todas as nossas motos foram projetadas para serem elétricas", declara o inventor. A versão pioneira foi a off-road, chamada de "X", que pesa apenas 68,5 kg sendo que 20 destes quilos vêm da bateria. O quadro feito de alumínio aeronáutico pesa apenas 8 kg. O preço, porém, é um pouco salgado: R$ 31.900 (sem frete).
Seu motor elétrico de magneto permanente com escovas é alimentado pela bateria, batizada de Z-Force (Força Z), e produz o equivalente a 21 cavalos de potência máxima. A autonomia também surpreende: duas horas ou 64 km de trilhas. Sem fazer barulho ou poluir.
Frutos do sucesso
Lançada oficialmente em 2008, a Zero "X, exclusiva para trilhas fora de estrada, esgotou-se em seis meses. O sucesso incentivou a empresa a entrar no mercado de motos de rua, ou seja, homologadas para o uso em vias públicas. "Desde o início, nosso objetivo foi criar uma moto elétrica de rua com bom desempenho. A nova Zero S é uma excelente motocicleta urbana que, por acaso, tem um motor elétrico", orgulhou-se o criador Saiki à época do lançamento em abril deste ano.
A Zero S tem design supermotard com suspensões de longo curso e rodas de 16 polegadas calçadas com pneus de perfil esportivo. Conta com setas, farol, luz de freio, espelhos retrovisores e até um painel analógico e digital. O estranho é o marcador da carga da bateria ter o ícone de uma bomba de postos de combustível. Ironia, talvez.
Além da S, vai ser importada para o Brasil a versão DS de "Dual Sport". Com rodas de 17 polegadas na dianteira e 16 na traseira, ambas calçadas com pneus de uso misto, a DS também tem todos os equipamentos para ser emplacada e rodar nas ruas. Os dois modelos, S e DS, também importados, vão custar R$ 39.900 (sem frete).
O grande diferencial das versões de rua para a pioneira "X" é a bateria mais potente para poder oferecer o mesmo desempenho ao "carregar" o peso maior. Tanto a S como a DS pesam 122,5 kg, equivalente a uma motocicleta de 250 cc movida por motor de combustão interna. A bateria das versões de rua produz 4 KWh, o dobro que a versão "X". A potência final fica em 31 cv e a autonomia chega a 80 km, porém leva quatro horas para ser recarregada, enquanto que a versão X precisa de apenas duas horas na tomada. Vale dizer que os três modelos vêm com um recarregador que pode ser ligado a qualquer tomada comum de 110V ou 220V.
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