Tudo começou com o Sway, conceito apresentado no Salão de Genebra de 2015. Com linhas agressivas e comprimento acima dos 4 metros, ele antecipou como será a próxima geração do March, prevista para estrear no Brasil até 2018 maior e mais refinada.
Antes,o novo March fará sua estreia mundial no Salão de Paris 2016, de 1.º a 16 de outubro. A marca, inclusive, divulgou o primeiro teaser do carro mostrando detalhes da frente e da traseira e afirmando que a ‘revolução está chegando’.
Crescer no tamanho e evoluir no conteúdo é uma tendência seguida não apenas pelo March, mas também por concorrentes como Volkswagen Gol, Ford New Fiesta e Fiat Punto.
Subindo de patamar, o March abre espaço para outro carro na gama da fabricante. Assim como a Renault terá como modelo de entrada o Kwid, a Nissan terá no futuro um carro de baixo custo que cumprirá o papel que é hoje do atual March – vale lembrar que as duas marcas fazem parte do mesmo grupo automotivo.
O modelo de ascendência japonesa será baseado no francês. A marca não confirma, mas o Datsun RediGo é forte candidato ao posto de Nissan de entrada.
A plataforma do futuro March será a CMF-AB, baseada na CMF-A, a plataforma multimodular que a aliança desenvolveu para o Kwid e para o RediGo. A estratégia do grupo é de que todos os carros compactos, dos segmentos A e B, compartilhem da nova tecnologia, incluindo também os modelos Dacia (leia-se Logan, Sandero e Duster para nós brasileiros) que hoje são montados sobre estruturas mais simples.
Segundo fonte da marca, “a intenção é padronizar a qualidade de todo e qualquer veículo sob o chapéu da aliança Renault-Nissan, desde o compacto de grande volume vendido nos países emergentes, até os modelos mais caros, como Talisman, Altima e Koleos”.
Em relação ao March, a Nissan quer elevar a percepção de qualidade do carro. Isso porque uma nova onda de SUVs, ainda maior que os atuais compactos, deve ameaçar o reinado dos hatches, assim como tem acontecido com os médios.
O futuro March crescerá dos atuais 3,82 m de comprimento para aproximadamente 4 metros, com direito a entre-eixos estendido de 2,45 m para 2,57 m. O modelo também ficará mais largo e baixo.
Projetado pelos estúdios da Nissan que desenvolveram o Kicks, é certo que chegue ao mundo com pequenas e pontuais alterações com relação ao conceito – e nas projeções você consegue ter noção mais clara disso.
Já marcas registradas do Kicks e do novo Sentra, a grade em V e os faróis afilados serão o carimbo visual de que o March mudou para valer. Para realçar as linhas mais esportivas, o capô será recortado com vincos bem proeminentes, enquanto a linha de cintura subirá e a do teto descerá.
Na traseira as lanternas serão apenas filetes com led, sem estrutura central, invadindo consideravelmente os para-lamas traseiros. Por dentro, basta prestar atenção no interior do Kicks para ter uma noção sobre como será se acomodar por ali.
Quanto à motorização, a tendência é seguir a configuração europeia: 1.2 turbo de 3 cilindros, que aposentará os atuais 4 cilindros. Mas não se descarta a possibilidade de, inicialmente, serem mantidos os atuais 1.6 16V de quatro cilindros e o 1.0 três cilindros – este, quem sabe, com ajuda de um turbocompressor.
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