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Novidade | Divulgação/ Nissan
Novidade| Foto: Divulgação/ Nissan

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Em alguns mercados o March tem o nome de Micra

- Cores – Serão sete opções de cores para o March, duas sólidas (branco e preto premium) e outras cinco metálicas (prata, cinza, vermelho, laranja e azul).

- Fábrica – O presidente da Nissan do Brasil, Christian Meunier, confirmou os planos de construir uma nova fábrica no país, mas não revelou o local onde ela será erguida nem confirmou se a planta vai fabricar o March. A nova unidade terá capacidade para produzir 200 mil veículos por ano. Rumores dão conta de que o governo do Rio de Janeiro e a Nissan já teriam assinado um protocolo de intenções para viabilizar o projeto na cidade de Resende.

Avaliação

Ágil e econômico

A reportagem do Automóveis, Motos & Cia teve a oportunidade de dirigir o March num curto test-drive de cerca de 30 quilômetros, nos arredores de San Diego, na Califórnia. A versão avaliada era equipada com motor 1.0 16V. O desempenho do compacto não fugiu à regra da categoria. O câmbio de cinco marchas tem relações mais curtas nas primeiras velocidades, característica que ajuda na hora de acelerar. A alavanca tem engates fáceis. O March também se mostrou ágil em mudanças de direção; e a suspensão responde bem às pequenas ondulações do asfalto. É um carro que não deixará o condutor na mão em curvas. A economia é outro ponto alto do March. Abastecido com gasolina e cumprindo trechos urbanos, subidas e passagens por rodovias, o computador de bordo apontava a marca de 13,5 km/litro. Os números de fábrica para o propulsor 1.6 na cidade são de 8,8 km/l (etanol) e 13,3 km/l (gasolina). De acordo com a Nissan, o compacto chega a ser 26% mais econômico que outros modelos do segmento.

  • March é o popular da Nissan- Marca japonesa lança compacto mexicano nas versões 1.0 e 1.6, com preço inicial de R$ 27.790 e garantia de três anos, para disparar em vendas

Já está à venda a grande aposta da Nissan para tornar-se de uma vez por todas visível ao consumidor brasileiro. O hatch March é o impulso que a fabricante espera para ir do atual 1,6% de mercado nacional para 5% até 2014 e assim tentar esboçar por aqui o mesmo sucesso verificado na América do Norte, Ásia e Europa – onde em alguns países, como Reino Unido, Espa­nha e Rússia, ela é a japonesa mais bem colocada em vendas. O compacto contará com a ajuda do sedã Versa (leia matéria na página) e uma terceira novidade que ainda é mantida em segredo, ambos desembarcando no Brasil em novembro.

A confiança no produto é ta­­manha que a Nissan projeta fechar o ano comercializando 10 mil unidades por mês somando toda a gama, que hoje está em 5 mil, e pular da 12.ª para 7.ª posição no ranking das montadoras, assumindo a dianteira entre as concorrentes nipônicas Toyota e Honda e deixando para trás as sul-coreanas Hyundai e Kia. "A marca é conhecida no Brasil, mas não é lembrada (na hora de o consumidor escolher o carro)", disse Murilo Moreno, diretor de Marketing, para justificar a campanha, polêmica por sinal, que a marca vem fazendo para "aparecer" no mercado. A do March, atualmente em veiculação, tem como personagem o Sr. Batata, do filme de animação "Toy Story". O vídeo "Um carro de verdade" provoca os modelos dos concorrentes, que, segundo a propaganda, fingem que mudaram. Outra que virou hit na internet, com 15 milhões de acessos, é a dos "Pôneis Malditos", da picape Fron­tier.

No entanto, o maior apelo para conquistar o mercado brasileiro está no preço sugerido de R$ 27.790 – os líderes de venda Fiat Uno e VW Gol partem respectivamente de R$ 28.480 e R$ 30.380 em suas versões mais atuais e com 4 portas – e no slogan que define o lançamento do modelo: "o primeiro carro popular japonês do Brasil". Sem dúvida, além de sair na frente das conterrâneas (a Toyota virá com o Etios e a Honda com o Brio, com previsão a partir de 2013), é o segmento ideal para uma montadora crescer no país, já que sete dos 10 modelos mais vendidos compõem essa categoria.

A previsão da marca é comercializar de 4 a 5 mil unidades/ mês até março do ano que vem, volume médio um pouco abaixo do Ford Ka (5,6 mil) e su­­perior ao Peugeot 207 (3 mil) e Renault Clio (2,2 mil).

Visual

Mas, afinal, o March tem atributos para bancar a expectativa da marca? É o que fomos conferir no lançamento para a imprensa realizado esta semana em San Diego, na Califórnia (EUA).

Visualmente, o modelo agrada mais "vindo" do que "indo". Os fa­­róis salientes, a grade cromada e as laterais com para-lamas proeminentes dão ao compacto um ar mais robusto. Já as lanternas traseiras em formato retangular des­toam do design moderno do conjunto. O carro produzido no México vi­­rá com dois tipos de motorização bicombustível, 1.0 e 1.6, com 74 e 111 cv, respectivamente, e sete ti­­pos de configuração e acabamento.

O bloco mais fraco foi emprestado da parceria com a Renault (o mesmo do Sandero 1.0) e tem dois níveis de acabamento, sendo que o bá­­sico vem de fábrica com air bag duplo, ar quente, banco do mo­­torista com ajuste de altura, tampa do combustível com abertura interna e computador de bordo. Nada mal, considerando a oferta dos rivais. Há ainda dois pacotes de opcionais: Plus, com limpador e desembaçador traseiros, regulagem interna dos retrovisores externos e calotas integrais, e Conforto, com ar-condicionado, direção elétrica e com regulagem de altura. Na configuração 1.0S, que encarece R$ 2,5 mil, isso tudo vem de sé­­rie, mais trio elétrico (vidros, travas e retrovisores) e travamento automático das portas quando o carro entra em movimento. O único opcio­­nal serão as rodas de liga leve de 15 polegadas – as de fábrica são em aço de 14". A principal ausência é o ABS nos freios, que não vem nem como opcional. A marca promete acrescentar o item de segurança na próxima linha.

A motorização 1.6 é tão equipada quanto o 1.0S e estará nas lojas apenas em novembro. O preço tabelado parte de R$ 35.890. Haverá ainda a 1.6SV (R$ 37.790) e a 1.6 SR (39.990), com visual mais esportivo e itens exclusivos como retrovisores externos, ponteira de escapamento cromada, rodas de liga leve e kit aerodinâmico.

O Nissan apresenta um acabamento interno com materiais superiores aos dos concorrentes. Os bancos são bem confortáveis e revestidos em tecido de boa qualidade. O espaço interno surpreende para um compacto. Acomoda bem os ocupantes, inclusive quem vai atrás. O preço disso é pago na capacidade do porta-malas. São 265 litros, volume apenas razoável – só ga­­nha do GM Celta entre os populares mais emplacados.

Se as campanhas agressivas para melhor o reconhecimento da marca japonesa no mercado brasileiro funcionarem, a Nissan vai "chacoalhar o mercado",como cravou Murilo Moreno .

O jornalista viajou a convite da Nissan do Brasil

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