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March 1.6 chega com fila de espera
A configuração 1.6 do March chega oficialmente neste fim de semana, mas quem for a uma concessionária Nissan dificilmente sairá de lá com o carro no mesmo dia. Terá de esperar pelo menos três semanas paralevá-lo para a casa.
A falta do carro se deve à longa fila de espera que se formou antes mesmo de o modelo ser faturado na fábrica do México. "Já vendemos antecipadamente 30 das 50 unidades que virão para a loja nesse primeiro lote", informou Marcelo Deuner, gerente da A.R Motors Parque, em Curitiba, na última terça-feira. De lá para cá, a previsão é de que a procura esgotasse o futuro estoque da distribuidora. A fila vale também para a versão 1.0 (leia na página 3).
O March 1.6 é oferecido em três acabamentos: o S (R$ 35.890), que oferece de série direção elétrica, ar-condicionado, computador de bordo, rodas aro 14 e travas, espelhos retrovisores e vidros elétricos; o SV (R$ 37.990), com alarme, som 2 DIN e rodas aro 15; e o SR (39.900), cheio de apliques esportivos. O propulsor desenvolve 111 cv e 15,1 kgfm de torque.
Fora o preço, que é uma discussão à parte, o consumidor brasileiro não tem do que reclamar quando o assunto é a oferta de modelos no mercado. E o segmento de sedãs é o que mais cresce, seja nas opções de médio quanto na de pequeno porte. Daqui duas semanas mais uma novidade começa a ser vendida no país. O Nissan Versa 1.6 Flex chega do México disposto a brigar no lado de cima do ranking dos sedãs menores mais emplacados no país.
Pelo conjunto de equipamentos, motorização e preço, o modelo da marca japonesa deverá atrair alguns clientes do Fiat Siena e do VW Voyage. Contudo, a briga deverá se concentrar no Ford Fiesta, Renault Logan, Chevrolet Prisma e JAC J3 Turin. E ao mirar esses concorrentes, a Nissan decidiu apostar no custo-benefício. Ela equipou a versão de entrada 1.6 S com direção elétrica, duplo air bag, trava elétrica e computador de bordo ao custo de R$ 35.490. O Logan, com o mesmo propulsor 1.6, até custa menos, R$ 33.450, porém, não traz de série os equipamentos do Versa. Com ar-condicionado, o Versa S sobe para R$ 37.990. Há também as versões SV (R$ 39.990) e a SL (R$ 42.990).
Aliás, a configuração intermediária SV é a principal aposta da marca e acrescenta do pacote da versão S vidros e retrovisores com acionamento elétrico, maçanetas cromadas, sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis, abertura interna do porta-malas e cintos traseiros com três pontos.
Já a SL agrega ABS com distribuidor da força de frenagem e assistência à frenagem de emergência, rodas de liga leve de 15 polegadas e faróis de neblina. O sistema antitravamento dos freios está disponível apenas na versão top de linha e não pode ser comprado nem como opcional nas mais baratas.
São pacotes interessantes se observarmos os preços de Fiesta, Siena e Voyage com motores 1.6. O sedã da Ford começa em R$ 37.900 sem ar-condicionado ou direção hidráulica; o Fiat parte de R$ 40.430 com direção hidráulica e o VW "pelado" sai por R$ 36.430.
Os 111 cavalos de potência do Versa é superior aos rivais de motorização 1.4 e 1.6, perdendo apenas para o Siena (117). Por enquanto, a novidade virá apenas com transmissão manual de cinco velocidades. Segundo a Nissan, o carro acelera de 0 a 100 km/h em até 10,7 segundos e atinge 189 km/h. Quando abastecido com etanol, faz 8,9 km/l na cidade e 13 km/l na estrada dados de fábrica.
Aparência
Visualmente, o sedã nada lembra o hatch compacto March, recém-lançado no Brasil e de quem compartilha a plataforma. A dianteira é completamente diferente, com faróis que avançam no sentido do para-brisa, seguindo o estilo Peugeot, e grade maior com moldura cromada. A traseira avantajada, com lanternas que também invadem os para-lamas, deve dividir opiniões.
O entre-eixos foi esticado 15 cm em relação ao March, alcançando 2,60 m a mesma medida de um Toyota Corolla. O espaço é tanto que mesmo com o banco dianteiro no último dente é possível acomodar as pernas longe do encosto de quem vai à frente.
Mercado
A chegada do Versa eleva para 83% a cobertura de mercado da Nissan, que era de apenas 23% até setembro, quando o March a elevou para 65%. Com isso, a montadora espera atingir 5% do mercado brasileiro em 2014 (hoje são menos de 2%).
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