Imagine comprar um Toyota Corolla zero-quilômetro pelo preço de um VW Gol ou levar para casa um Chevrolet Camaro novinho por R$ 50 mil! No Brasil, por mais que o governo reduza o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e as concessionárias concedam bônus generosos, esses valores estão muito distantes da realidade. Mas não para os consumidores dos Estados Unidos. Lá, o mesmo carro vendido em solo brasileiro custa três e até quatro vezes menos.
No Salão do Automóvel de Detroit (EUA), que encerrou no último domingo, era possível encontrar preços que seduziriam qualquer comprador brasileiro. O Ford Fusion Hybrid (motor elétrico e a combustão), por exemplo, custava a partir de US$ 28.600 ou R$ 47.800. No Brasil, ele chega importado por R$ 133.900. Por essa quantia, daria para comprar quase dois modelos Audi A6 nas revendedoras norte-americanas por lá, sai a partir de US$ 44.100 ou R$ 73.600; já por aqui é preciso desembolsar R$ 272.700.
A alta carga tributária praticada por aqui é um dos principais motivos pela enorme disparidade de preços entre os dois países. Só de impostos como IPI, ICMS e Cofins, o consumidor brasileiro paga entre 25% e 33% do valor do produto, de acordo com o tipo de motor e combustível. Se o modelo for importado, então, o montante tributado é igual ou até superior ao preço original do veículo. Sem contar as despesas com taxas portuárias e frete marítimo. A conta final ficará entre 90 e 120% acima do valor que se pagaria pelo automóvel nos EUA.
Já no mercado norte-americano, a cobrança de imposto gira em torno de 10%. Por isso, os valores dos utilitários grandes e esportivos equivalem aos dos carros médios brasileiros. Com o automóvel zerinho saindo por um preço acessível nos EUA, os usados acabam valendo uma bagatela. Em classificados de seminovos publicados por jornais locais é possível encontrar um Hyundai Santa Fé 2007 por US$ 19.700 (R$ 33 mil). No Brasil, vale pelo menos R$ 71 mil.
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