A linha Chevrolet passará por uma renovação no Brasil entre 2019 e 2020. E no pacote está a nova geração do Onix, o carro mais vendido no país, e a sua variante sedã Prisma.
A principal novidade está debaixo do capô, com a presença do inédito motor 1.0 turboflex, com três cilindros e potência acima de 136 cv, que já está em desenvolvimento na fábrica de motores de Joinville (SC). De lá também sairá um novo propulsor 1.0 aspirado, também com três cilindros.
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Ambos terão injeção direta de combustível, que permite uma queima mais inteligente da gasolina e do etanol, resultando em menor consumo e emissão de poluentes. É esperado ainda a estreia de uma transmissão manual de seis marchas e uma automática do tipo CVT.
A segunda geração de Onix e Prisma já roda em testes pelo Brasil e a sua chegada às lojas deve ser antecipada. Em vez do fim de 2019, como se ventilava, a dupla pode surgir já no primeiro semestre do ano que vem.
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É provável que a atual geração conviva com a próxima como versões de entrada para o hatch e sedã compactos.
A troca completa se dará em algum momento até 2022, quando passa a valer a obrigatoriedade dos controles de tração e de estabilidade para todos os veículos vendidos no Brasil - dispositivos ausentes na primeira geração.
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Os novos Onix e Prisma serão maiores em tamanho que a linha atual, graças à inédita plataforma GEM (leia mais abaixo), e mais tecnológicos, por isso ocuparão faixas de preços superiores às cobradas pelas versões intermediárias e topo hoje em dia.
O Onix poderá ter algo próximo a 2,56 m de entre-eixos, enquanto no Prisma alcançará 2,61 m - na geração vigente ambos possuem 2,53 m. A estratégia de esticar o sedã em relação ao hatch é muito parecida com que a Volkswagen fez no Polo e Virtus, ampliando a distância entre-eixos.
Novos Cobalt, Spin e SUV compacto
A nova geração dos compactos antecipa a renovação Chevrolet. Depois deles, virão as atualizações do sedã Cobalt e da minivan Spin - esta mais adiante, pois acabou de receber um facelift.
A lista conta ainda com um SUV compacto, guardado sete chaves pela General Motors, que chegaria com produção nacional para duelar com Hyundai Creta, Honda HR-V, Nissan Kicks e outros tantos representantes do segmento.
As mudanças englobam não só o Brasil, mas outros países emergentes da América Latina, Ásia e África. Em comum a multiplataforma GEM (Global Emerging Markets), desenvolvida pela GM em parceria com a chinesa SAIC.
O primeiro modelo a adotar a estrutura é o Buick Excelle, sedã compacto popular desenvolvido exclusivamente para a China que mudou de geração por lá em maio deste ano. Ele utiliza a base chamada de B-Long NB, variante alongada do próximo Onix, e já vem com o novo motor 1.0 turbo.
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Tracker fará despedida
A opção turbinada, aliás, deverá migrar para outros modelos, como o novo SUV. No Onix e Prisma, o propulsor equipará as versões topo de linha, que terão como novidade a nomenclatura Premier, tal qual existe atualmente no Tracker e Equinox, possivelmente substituindo as atuais LTZ.
Por falar em Tracker, ele deve se despedir do mercado brasileiro diante da nova aposta da Chevrolet neste segmento. Importado do México, o modelo segue distante dos rivais em vendas, mesmo com a febre dos utilitários esportivos no Brasil.
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