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Parece, mas não é: à direita, a “nova” GSR150i, e à esquerda, a Suzuki Yes 125 | Doni Castilho
Parece, mas não é: à direita, a “nova” GSR150i, e à esquerda, a Suzuki Yes 125| Foto: Doni Castilho
  • Suspensão traseira a gás
  • O painel de instrumentos traz display em LCD junto com informações analógicas
  • Retrovisores cromados e bagageiro em alumínio são alguns dos ganhos do novo modelo em relação a Yes 125

A nova GSR150i chega às concessionárias brasileiras disposta a brigar no segmento mais acirrado do setor duas rodas: o street – representa 88% do mercado de duas rodas com motores até 150 cilindradas. O modelo ficou muito pa­­recido com o projeto antigo, a EN 125 Yes, que continua sendo vendida em todas as concessionárias da marca por R$ 5.758. Toda­­via, ela vem com injeção eletrônica de combustível, um novo motor de 150 cm³ e câmbio com seis marchas.

O grande diferencial da nova Suzuki é seu propulsor. A injeção, representada pela letra "i" no no­­me da moto, deixou a aceleração mais linear, além de fazer com que o modelo atenda a todas as normas de emissão de poluentes (Promot 3).

Já o acréscimo de mais uma marcha no câmbio de uma moto "pequena" é desnecessário. O piloto precisa trocar mais vezes as marchas na pilotagem urbana, o que não faz muito sentido. Entretanto, a sexta marcha é bem vinda quando a GSR150i roda na estrada, já que o motor tem relações mais longas e pode rodar na mesma velocidade com o motor "girando" menos.

Na teoria, a injeção faz a GSR150i consumir igual ou menos gasolina que a antecessora Yes — a Suzuki EN 125 chegou a fazer 40 km/l em teste realizado pela reportagem. Provavelmente o consumo deve permanecer o mesmo, já que a potência máxima (12 cv a 8.000 rpm) e o torque (1,08 kgfm a 6.000) não foram alterados no novo motor.

No visual, a Suzuki se manteve discreta e deixou o novo modelo muito parecido com a Yes. Parecido, mas não igual, pois a tampa do cabeçote agora é cromada, assim como os novos retrovisores. O bagageiro também é novo, em alumínio. O que está diferente é o painel de instrumentos. Ele traz display em LCD digital que indica hodômetro total e parcial e indicador de marcha, permitindo fácil leitura ao piloto. A luz indicadora de falha no sistema de injeção de combustível também foi integrada ao painel.

Os freios, disco na dianteira e tambor atrás, não comprometem a pilotagem e freiam os 132 quilos em ordem de marcha com tranquilidade. Para absorver os impactos, a Suzuki equipou a GSR150i com o tradicional garfo telescópico na suspensão dianteira. A marca japonesa inovou ao usar amortecimento traseiro pressurizado a gás na suspensão bichoque. Disposi­­tivo muito parecido ao utilizado pela indiana TVS Apache RTR 150 — co­­mercializada no Brasil pela Dafra e com preço sugerido de R$ 6.790. O sistema ajuda e muito o piloto a não chegar ao fim do curso e sentir aquele tranco na coluna ao passar por um buraco.

Com preço sugerido de R$ 6.829, a GSR150i enfrenta a Honda CG 150 (R$ 6.590, versão FAN ESDi), CG 125 (R$ 5.696, versão FAN ES) e Yamaha YBR 125 Factor (R$ 6.851, versão ED).

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