Novo A6 herda atributos dos irmãos maiores

Nos últimos anos, a identidade visual de algumas marcas automotivas passou a ser tão forte que às vezes é difícil distinguir um modelo do outro olhando de frente. Na Audi, como também na Kia, essa característica fica mais evidenciada, onde a diferença pode estar apenas no tamanho do veículo. A sétima geração do A6, que já está à venda no Brasil, é um bom exemplo. A linha 2011 do sedã executivo herda o visual e as qualidades de seus irmãos maiores e mais sofisticados, o A7 e o A8.

A novidade, que possui 4,91 metros de comprimento, ficou mais espaçosa com o aumento do entre-eixos em 7 cm, que passou de 2,84 m para 2,91 m. Quem agradece são os passageiros de trás, que viajam ainda mais confortáveis. Só como comparativo, o Ford Fusion, um dos maiores sedãs médios vendidos no país, tem 4,83 m de um para-choque ao outro e 2,73 m de entre-eixos.

A altura de apenas 1,46 m deixa o modelo com um perfil esportivo e lembra um cupê. O motor é o mes­­­­mo 3.0 V6 TFSI com injeção direta e compressor que já equipava o antigo A6. Porém, ele ganhou 10 cv e agora gera 300 cv. O torque pulou de 42,8 para 44,8 kgfm a 2.900 rpm. O bloco é acoplado ao câmbio automatizado S-Tronic de sete velocidades. Segundo a Audi, o A6 le­­va 5,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h.

A grade dianteira opulenta que se tornou uma assinatura dos modelos da marca continua lá, mas ganhou a companhia da nova tendência de faróis trapezoidais com LEDs (como aqueles que adornam o A8 e o A7) e um capô mais curto. Eles trazem a tecnologia de controle automático do facho. As luzes adaptativas acompanham as curvas, manobras de estacionamento e se ajustam de acordo com a velocidade do carro para iluminar melhor o caminho. Também tem sensores que percebem a aproximação de veículos no sentido contrário e reduzem a intensidade da luz para evitar ofuscamento. As lanternas traseiras foram redesenhadas, com formas em alto relevo e iluminação em LED.

De série, o sedã traz a tecnologia Drive Select, que modifica os parâmetros de dirigibilidade do carro de acordo com a preferência do condutor, além do sistema multimídia MMI – que abrange TV, DVD, GPS, rádio e CD player –, e de equipamentos como sensores de chuva, ar-condicionado dual zone, bancos dianteiros elétricos com memória, computador de bordo, volante multifuncional com ajuste elétrico de distância e altura, teto solar, air bags frontais, laterais e de cabeça, câmera de ré e shift-paddles no volante para troca manual de marchas.

Já na hora de estacionar, o sistema Park Assist se encarrega de es­­terçar as rodas sozinho para fazer a baliza, cabendo ao motorista apenas o trabalho de frear.

A lista de opcionais, que eleva o preço básico do modelo em mais de R$ 70 mil, é ainda mais extensa. O pacote Advanced agrega, por R$ 30 mil, Head Up Display – que projeta as principais informações na parte inferior do parabrisas –, Adaptative Cruise Control – para manter a velocidade de cruzeiro e controlar a distância em relação ao carro da frente –, Pre Sense Plus – recurso que ativa os freios em caso de impacto iminente –, Ni­­ght Vision – que detecta pedestres e animais na pista, mesmo durante a noite, a partir de imagens térmicas –, rodas de 19 polegadas – em substituição às de aro 18 do básico –, entre outros. Há ainda o sistema de som Bang & Olufsen, que adiciona R$ 40 mil ao sedã.

Enfim, o A6 é voltado para quem busca uma quase exclusividade. Por mês, menos de uma de­­ze­­na de abonados desembolsarão entre R$ 313.390 e R$ 390.000 (na versão mais completa) para ter o lu­­xuoso veículo – volume baseado no total de 66 unidades emplacadas em 2010. Para quem quiser aproveitar os valores acima é me­­lhor se apressar, pois eles duram até o fim de outubro. A partir daí, serão reajustados em função do aumento do IPI para veículos im­­portados. Os novos preços, porém, ainda não foram definidos, mas podem subir até 30% conforme prevê a tributação definida pelo governo no mês passado.

O jornalista viajou a convite da Audi