Após 20 anos de história, o Audi TT continua a povoar o imaginário dos fãs de velocidade. O inconfundível modelo de teto arcado atrai os olhares a cada esquina. E essa admiração foi potencializada pela terceira geração, que estreou em maio no Brasil.
A alma esportiva do cupê continua intacta, ou melhor, foi melhorada. A presença da injeção direta e indireta unidas (esta para baixas rotações) adicionou 19 cv extras em relação ao antecessor. Agora são 230 cv de puro nervosismo, bem temperados pelos 37,7 kgfm de torque entregues na sua quase plenitude logo aos 1.600 giros. É uma patada a cada saída de semáforo ou cruzamento.
O câmbio S-Tronic de seis marchas e dupla embreagem garante que toda a força seja aproveitada de maneira divertida, especialmente quando o esportivo cai na estrada e realiza ultrapassagens e encara curvas mais acentuadas.
O impacto visual é reforçado pela evolução do design, que o aproxima do superesportivo R8.
Atrás, um extrator com duas enormes saídas de escape casa bem com a proposta do carro. O aerofólio permanece retrátil, elevando-se automaticamente a partir de 120 km/h ou por um botão no painel.
Moderno e clean
O novo TT evoluiu por dentro também. A cabine mescla modernidade e refinamento. O estilo clean predomina, seguindo o padrão adotado pelos demais modelos da marca, com poucos botões e comandos. Quase tudo é concentrado no sistema de entretenimento MMI Plus, com funções lógicas e fáceis de usar.
A posição de dirigir é sob medida para quem é movido à adrenalina. A sensação é a de um veículo de corrida. O volante de base reta e os bancos com o encosto de cabeça embutido e no estilo concha estimulam ainda mais essa sensação.
Na frente, há bastante espaço para os ocupantes, mas o banco detrás continua figurativo - um adulto se sentirá numa lata de sardinha.
Virtual cockpit
A terceira geração do TT é o primeiro Audi a vir com o que a marca chama de Virtual Cockpit. Ele agrega um inovador quadro de instrumentos totalmente digital e personalizável. Nele, o condutor pode variar o conteúdo exibido, reduzindo o tamanho do velocímetro e do conta-giros e aumentando a imagem do GPS, por exemplo.
Também é possível mexer nas configurações do carro, no sistema de som e no bluetooth ao toque de botões no volante.
O cupê oferece de série volante multifuncional com aletas para troca de marchas, bancos em couro com ajuste elétrico nos dianteiros, ar digital, piloto automático, pedais em alumínio, sensores de luz, chuva e estacionamento traseiro, start-stop, airbags laterais, faróis bixenônio com ajuste automático de altura, sistema de som com nove alto-falantes e rodas aro 18.
A versão Ambition inclui o rádio MMI Plus com navegação e comando de voz, DVD/Player e disco rígido com memória interna de 10 GB .
Sensação de piloto a cada acelerada
Ao dar a partida por botão, o ronco do moto 2.0 turbo da Audi já transporta o condutor ao mundo particular. À medida que o acelerador é pressionado mais fundo se ouve ‘pipocos’ nas trocas de marcha.
A suspensão possui um acerto tão firme e a carroceria uma rigidez extrema que a percepção é de estar a bordo de um modelo de competição. No modo Sport, então, vira um convite a acelerar e, é claro, dobrar a atenção para não ser traído pelo excesso de velocidade além do permitido.
O câmbio S-Tronic continua eficiente nas mudanças, realizando a troca rapidamente, sem qualquer tranco, e absorvendo com agilidade as reduções com o giro elevado. Nas curvas em rodovia, ele se comporta como um kart, preso ao solo pelos enormes pneus de 19 polegadas.
A tração dianteira facilita acompanhar o traçado, de modo a entrar forte nas curvas sem qualquer sensação de que ele irá espalhar. Não demora para o controle de estabilidade (ESP) morder os freios e devolver dianteira para dentro tangência caso o condutor exagere um pouco.
Mas, o perfil esportivo do TT paga um preço em nossas ruas. O piso irregular torna o rodar um tanto áspero e ruidoso. Cair num buraco, então, é uma pancada que incomodará os ocupantes.
Concorrência
Compare o Audi TT com os principais rivais:
Audi TT |
Motor | 2.0 turbo |
Potência/ torque | 230 cv/ 37,7 kgfm |
Câmbio | ATM (6M) |
Dimensões | 4,18 m (C), 2,50 m (EE), 1,83 m (L), 1,35 m (A) |
Velocidade máxima | 250 km/h |
0 a 100 km/h | 5,9s |
Porta-malas | 305 l |
Preço | a partir de R$ 210,1 mil |
Peugeot RCZ |
Motor | 1.6 turbo |
Potência/torque | 165 cv/ 24,5 kgfm |
Câmbio | AT (6M) |
Dimensões | 4,28 m (C), 2,61 m (EE), 1,84 m (L), 1,35 m (A) |
Velocidade máxima | 213 km/h |
0 a 100 km/h | 8,4 s |
Porta-malas | 321 l |
Preço | R$ 157,8 mil |
BMW Z4 Roadster |
Motor | 2.0 turbo |
Potência/torque | 184 cv/ 27,5 kgfm |
Câmbio | AT (8M) |
Dimensões | 4,23 m (C), 2,49 m (EE), 1,79 m(L) e 1,29 m (A) |
Velocidade máxima | 232 km/h |
0 a 100 km/h | 7,2 s |
Porta-malas | 180 l |
Preço | R$ 229 mil |
Mercedes-Benz SLK |
Motor | 1.8 turbo |
Potência/torque | 204 cv/ 31 kgfm |
Câmbio | AT (7) |
Dimensões | 4,13 m (C), 2,43 m (EE), 1,81 m (L), 1,30 m (A) |
Velocidade máxima | 243 km/h |
0 a 100 km/h | 6,6 s |
Porta-malas | 335 l |
Preço | R$ 239,9 mil |
AT: câmbio automático. ATM: câmbio automatizado. (C): comprimento. (EE): entre-eixos. (L): largura. (A): altura. |
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