Flagra
Nova geração roda em Curitiba
Programado para desembarcar no Brasil apenas no segundo semestre, a nova geração do Fiesta, apresentada em janeiro no Salão de Detroit (EUA), já roda pelas ruas de Curitiba. A versão sedã, por enquanto a única carroceria a vir para o país segundo a Ford, foi vista circulando camuflada pelas imediações do Jardim Botânico. O flagra foi registrado pelo jornalista Eduardo Luiz Klisiewics, do portal RPC.
Apesar de a fabricante não ter dado mais detalhes durante o lançamento do novo Fiesta, em Buenos Aires (Argentina), na semana passada, é provável que o modelo virá do México, de onde também saem os carros que abastecem o mercado norte-americano. Isso por que o modelo europeu, mais sofisticado, ficaria acima da faixa de preço praticada pelo Honda City e Fiat Linea, apontados pela própria Ford como principais rivais do Fiesta Sedan. O valor desses carros gira na casa dos R$ 50 mil.
A versão feita no México é mais simples do que a produzida no Velho Continente, pois mesmo os Estados Unidos teriam dificuldade de posicionar o modelo europeu sem igualar ao preço do Fusion 2.5. Sendo assim, sai o painel refinado da versão europeia, bem como a parte superior emborrachada, que deu lugar ao plástico rígido.
Boa parte das vendas nos EUA é do modelo automático, com dupla embreagem e 6 marchas (mas sem opção de trocas manuais, por questão de custos). A expectativa é que esta versão, mais cara, também venha para o Brasil, não apenas a básica com câmbio manual. O motor é o 1.6 16V Sigma, que por aqui deverá se tornar flexível. O novo sedã traz grade cromada, no estilo Fusion/Edge. Nos EUA, todos os modelos vêm com sete airbags, sendo um para os joelhos do motorista.
A lista de equipamentos lá fora inclui ainda repetidores de seta nos retrovisores, botão de partida, teto-solar, volante multifunção e sistema de som com entrada USB e conexão para celular. Resta saber o que virá para a versão brasileira.
A única informação repassada pelo Ford em relação à novidade é a de que o sedã não será chamado de Fiesta. Talvez utilize o nome Verve, como foi batizado o carro-conceito que deu origem ao novo Fiesta europeu. Quanto à versão hatch, a Ford não adiantou nada, mas comenta-se que terá o mesmo visual do Figo indiano.
Para os consumidores do Ford Fiesta que aguardavam ansiosamente a chegada da nova geração no país, uma boa e uma má notícia: a boa é que no segundo semestre desembarcará no país um "novíssimo" Fiesta, porém não deverá ser o europeu e sim a versão simplificada norte-americana (leia mais ao lado). A má, pelo menos para os fãs da versão hatch, é que, num primeiro momento, virá apenas na carroceria sedã e provavelmente se posicionará acima do R$ 50 mil.
Mas, para não deixar na mão os clientes da versão nacional feita em Camaçari (BA), a Ford tratou de atualizar o carro na linha 2011, após três anos sem nenhuma mudança expressiva. O novo Fiesta, que estará nas lojas a partir desta semana, traz faróis mais arredondados em formato irregular, para-choque redesenhados e faixa fechada no lugar da grade tradicional, alterações que deram um visual mais moderno ao modelo. A destacar a ampla tomada de ar inferior em forma de hexágono, que identifica o novo padrão global da marca.
Na traseira, apenas o sedã apresenta novidades, com novas lanternas com lentes transparentes e elementos cromados, seguindo o conceito adotado no Fusion anterior, e para-choque com refletores. Na parte de trás do hatch nada muda. As calotas e rodas de liga-leve de 14 polegadas ganharam novos desenhos.
Por dentro, as mudanças se concentram no interessante grafismo do painel de instrumentos com efeito 3D, que combina com a proposta dos hodômetros circulares saltados, e no pouco mais de requinte no habitáculo com as portas revestidas em tecido (no lugar de plástico) em toda a linha. A cor do console também é diferenciado dependendo da versão escolhida: preto na Fly ou prata na Pulse.
A Ford trouxe para o Fiesta 2011 um dos grandes atrativos do novo Ka quando lançado: travas elétricas, alarme e abertura do porta-malas por um botão no painel de série desde o carro mais básico. O preço do hatch começa em R$ 29.990 com motor 1.0. No propulsor de 1,6 litro, o valor sobe para R$ 34 mil. O Sedan 1.0 parte de R$ 33.550 e o 1.6 começa em R$ 37.650.
De fábrica, o carro traz ainda bancos com ajuste de altura, aviso sonoro de faróis acesos, luz no painel com alerta de manutenção programada, conta-giros, faróis biparábolas e iluminação do porta-malas. Se o motorista quiser incrementar o veículo com ar-condicionado terá de desembolsar R$ 2.800 ao valor final. Já o kit Class, com ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos na dianteira, custa R$ 5.250 a mais. Outros opcionais são vendidos em pacotes. Uma boa novidade é o kit de segurança com air bag duplo e freios ABS por R$ 2.000.
Já as alterações mecânicas se resumem a um novo amortecedor traseiro, que promete ser menos barulhento. Aliás, este foi um quesito reclamado pelos usuários ouvidos pela Ford. As caixas de roda ganharam mantas asfáltica e houve troca da fixação do tampão traseiro do sedã e dos pinos que rebatem os bancos do hatch. O objetivo era deixar a cabine mais silenciosa possível. No test-drive feito pela reportagem durante o lançamento o barulho não incomodou, sinal de que as melhorias surtiram efeito.
De resto, o mesmo Fiesta de sempre. Os motores Zetec Rocam flexíveis de 1,0 e 1,6 litro, o primeiro com potência de 69 e 73 cv e o outro com 101 e 106 cv (gasolina e álcool, na ordem). De acordo com a fabricante, o consumo com álcool do motor 1.0 é de 8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada. O 1.6 faz 7,6 km/l e 10,4 km/l respectivamente. A velocidade máxima atingida pelo bloco de 1,0 litro é de 146 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 18,6 segundos. O 1.6 chega a 170 km/h e vai a 100 km/h em 12 s.
O novo Fiesta continua a oferecer uma boa posição de dirigir, com suspensão bem acertada e câmbio com engates precisos. O espaço interno é outro ponto alto do carro. A distância entre-eixos é a mesma para as duas carrocerias, de 2,48 metros. Os porta-malas são bons, com 305 litros de capacidade no hatch e 478 litros no Sedan.
A Ford estima aumentar em 13% as vendas do Fiesta no mercado nacional. Atualmente, o modelo "briga" com o Ka pelo posto de o mais vendido da marca. E para abrir frente ao modelo de entrada, a fabricante descartou a ideia de um Ka quatro portas, pois o hatch se aproximaria ainda mais em preço do irmão maior.
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O jornalista viajou a convite da Ford.
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