O Kicks rema praticamente sozinho no portfólio da Nissan. É disparado o produto que mais dá retorno no Brasil à marca japonesa, brigando pelo pódio dos mais vendidos no segmento de utilitários e crossovers compactos.
Bem atrás está o Versa, que emplaca menos da metade do Kicks, porém figura como o segundo mais importante carro da montadora, brigando numa faixa de preço inferior.
E se o Versa ganhasse atributos do Kicks, com pitadas do sedã médio Sentra? E passasse a concorrer na categoria do sedãs intermediários, que ganhou maior visibilidade com as estreias de Volkswagen Virtus, Fiat Cronos e Toyota Yaris Sedan?
É o que veremos a partir de meados 2020 no mercado brasileiro. A Nissan acaba de revelar o novo Versa, com uma uma reestilização que o livrou do antigo design, visto por muitos como antiquado.
A apresentação foi durante um festival de música em Fort Lauderdale, Flórida (EUA), como prévia para o Salão de Nova York, que começa na próxima semana.
No mercado norte-americano, a novidade estará nas ruas a partir do terceiro trimestre deste ano.
Desembarcará por aqui importado do México na motorização 1.6, que lá fora ganhou 13 cv a mais, alcançado 124 cv e 15,8 kgfm de torque, bebendo apenas gasolina.
O câmbio é o automático do tipo CVT ou manual de cinco marchas.
Em nosso mercado, o sedã atualmente é equipado com um motor flex 1.6, de 111 cv e torque máximo de 15,1 kgfm. O novo Versa deverá usar a mesma configuração do Kicks 1.6, que alcança 114 cv e 15,5 kgfm.
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A terceira geração do sedã conviverá com a atual, que será reestilizada e oferecida como opção de entrada, mantendo o propulsor 1.0, de três cilindros.
O novo desenho segue as linhas do Sentra e do sedã maior Altima. A grade dianteira em V ficou mais fina e com moldura cromada. Os faróis estão mais angulosos e em forma de bumerangue, com iluminação em led.
Ao centro, um volume em preto brilhante desce até o para-choque, enquanto o capô ganhou desenho esculpido e está numa posição mais alta.
Atrás, as lanternas bipartidas estão mais horizontais e têm a forma de flecha. Elas se prolongam até as laterais, formando um 'V', similar ao visto no Altima, que já foi vendido aqui na geração anterior.
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O teto adota o efeito 'flutuante' como no Kicks, com aplique preto na coluna traseira.
As novas dimensões ainda não foram reveladas pela Nissan. Mas o carro cresceu com a nova plataforma CMF-B, também usada pelo Kicks. A marca só limitou a dizer que ele está "mais baixo, comprido e largo".
As diferenças são gritantes em relação ao modelo anterior. Nele, os faróis são maiores e arredondados, remetendo a um estilo que era comum anos atrás.
A carroceria, no geral, é menos angular, com uma lateral simples e acabamentos mais grosseiros. Os faróis de neblina, antes redondos, ficaram retangulares.
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Por dentro, houve uma salto de qualidade e tecnologia. A versão exibida nos EUA é a SR, com apelos mais esportivos.
O painel é revestido com um material que imita couro e com costuras vermelhas aparentes.
Na lista de itens estão ar-condicionado digital, partida do motor por botão com chave presencial, assentos dianteiros aquecidos e quadro de instrumentos parcialmente digital, com tela de alta resolução de 7" no lado esquerdo, mesclada com o velocímetro analógico. do lado direito.
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O interior remete às versões mais equipadas do Kicks, principalmente no volante e na central multimídia, equipada com Android Auto e Apple CarPlay.
O Versa americano vem ainda com o pacote opcional "Nissan Safety Shield 360", herdado do elétrico Leaf, que agrega tecnologias de condução semiautônoma, como frenagem automática com detecção de pedestres, alerta de mudança involuntária de faixa, luz alta automática, sensor de ponto cego e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo.
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