A Volkswagen apresentou mais um capítulo do novo Polo brasileiro, que está sendo revelado a conta-gotas até o lançamento oficial no dia 25 de setembro - o hatch premium só chega às lojas em novembro.
O motivo de tanto mistério é que o modelo nacional trará detalhes exclusivos para o nosso mercado, destoando um pouquinho da versão europeia desvendada em junho passado.
Desta vez a fabricante divulgou itens de acabamento e segurança do carro e também cravou que o Polo será o compacto mais seguro do país.
LEIA MAIS: Teste de colisão: Golf é o carro mais seguro do país; veja top 10
A afirmação é baseada nos testes de colisão feitos pela própria montadora, seguindo as exigências do Latin NCAP, órgão responsável pelas avaliações que medem o nível de segurança nos veículos vendidos na América Latina, incluindo o Brasil.
Pelos vídeos exibidos à imprensa especializada, mas não liberados para divulgação, é perceptível o ótimo comportamento do veículo nos testes de colisão frontal, lateral e em poste.
A Volkswagen confia que o Polo 6 obterá nota máxima (5 estrelas) no crash test da entidade e cutuca o nível de alguns modelos no país. “Cinco dos dez carros mais vendidos no Brasil atualmente têm zero ou uma estrela no programa do Latin NCAP”, ressalta Gustavo Schimidt, vice-presidente de Marketing e vendas da VW, sem citar os nomes dos modelos reprovados.
Entre os atributos de segurança do Polo estão a carroceria construída com aços de alta resistência, airbags laterais (de série em todas as versões), cintos com pré-tensionador e limitador de carga e controle de estabilidade (de série na motorização turbo e opcional na aspirada), além do controle de tração (de fábrica em toda a linha).
"O nosso Polo está no mesmo nível do Golf e passaria pelos testes mais rígidos na Europa. O aço usado aqui é do mesmo tipo do Polo europeu", frisou Antônio Carnielli Jr., engenheiro de carroceria e segurança da Volkswagen. Por todo esse pacote, a Volks já aponta que será o compacto mais seguro à venda no mercado brasileiro.
Compra pelo design
O visual segue o mesmo projeto global já revelado na Europa, mas com algumas particularidades na configuração brasileira. O para-choque ganha um desenho mais recortado, com a tomada de ar inferior mais larga e chamativa do que a do europeu. Há ainda vincos acentuados nas laterais e capô.
As alterações deixam o Polo nacional com um design mais agressivo. Segundo a montadora, a fator design está no topo da lista que define a escolha do carro pelo consumidor brasileiro. "Mais de 30% dos clientes de compactos no Brasil tomam a decisão de compra usando o design como principal fator", destacou Gustavo Schmidt.
Nas três versões disponíveis - básica (chamada apenas de Polo), Comfortline e Highline - os bancos serão de tecido e o painel trabalhado com plástico duro, que terão texturizações e tonalidades distintas para cada configuração. A direção elétrica virá de série.
A sexta geração do Polo feita em São Bernardo do Campo (SP) será construída a partir da plataforma modular MQB A0 - variante menor da MQB (Golf, Audi A3 Sedan e Q3) - e com terá três opções de motores: 1.0 aspirado (3-cilindros), possivelmente ajustado para render 90 cv, 1.6 MSI (4-cilindros), de 120 cv, e 1.0 TSI (3-cilindros) turbo de injeção direta (mesma do Golf), recalibrado para render 128 cv e 20,4 kgfm.
A Volkswagen adotará a nomenclatura 200 TSI na tampa do porta-malas, que refere-se ao torque (20,4 kgfm), e não a litragem do motor. A opção turbo terá ainda sistema de monitoramento de pressão dos pneus. O painel 100% digital e central multimídia com tela de 8 polegadas virão somente na versão topo de linha Highline.
Investimento de R$ 2,6 bilhões
A fábrica de São Bernardo do Campo receberá investimento de R$ 2,6 bilhões até 2020 para produzir o Polo e o sedã Virtus, que estreia no mercado brasileiro no início de 2018. A plataforma MQB A0 também dará origem a um novo SUV e uma nova picape, que surgirão até 2020.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast