A estreia do novo Polo no mercado brasileiro só acontece em novembro, mas a Volkswagen já começa a apresentar o hatch e dar informações de como ele será vendido por aqui. A marca fez nesta quinta-feira (27) duas revelações importantes: um dos motores será o 1.0 TSI (turbo) e o carro terá painel 100% digital nas versões mais caras.
A revelação aconteceu durante o workshop promovido pela fabricante para mostrar as novidades da plataforma MQB-A0, variação da base modular já usada no Golf. Ela será responsável por dar origem a três modelos além do Polo: o sedã Virtus, o crossover T-Cross e uma picape intermediária acima da Saveiro, chamada pela Volks, por enquanto, de ‘Bala de Prata’.
“Será a renovação mais abrangente da história da Volkswagen”, diz David Powels, presidente da VW para Brasil e América Latina, que não quis adiantar quais serão os preços nem quantas versões terá o Polo.
O motor 1.0 TSI de três-cilindros do futuro modelo é da mesma família presente no up! e no Golf, porém com potência superior. Enquanto no subcompacto ele rende 105 cv e 16,8 kgfm, e no hatch médio, 125 cv e 20,4 kgfm, no Polo alcançará 128 cv e os mesmos 20,4 kgfm do irmão maior.
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O propulsor recalibrado virá associado ao câmbio automático Tiptronic de 6 marchas, outra novidade já que esse tipo de caixa não é usada no motor 1 litro sobrealimentado em nenhum lugar do mundo. Haverá ainda a opção de trocas de marcha manuais pelo volante e um modo esportivo. A configuração TSI não virá com câmbio manual.
O modelo também usará o 1.0 MSI aspirado como a opção de entrada, ajustado para gerar 90 cv (em outros carros da VW ele gera 82 cv). É provável ainda que o 1.6 MSI (120 cv e 16,8 kgfm) apareça na versão intermediária.
Já o quadro de instrumentos será virtual nas configurações topo de linha, com tela de 10 polegadas, recurso emprestado dos modelos mais caros da Audi, que pertence ao grupo Volkswagen.
O dispositivo exibirá além do odômetro e do conta-giros as funções da central multimídia (de 8 polegadas), como mapas do navegador e músicas, e ainda dados de consumo.
Novos nomes para os motores
A montadora adotará uma nova estratégia de marketing para ‘vender’ a motorização de baixa cilindrada alimentada por turbo, que ainda não foi bem recebida pelo consumidor brasileiro - vide Ford Fiesta 1.0 EcoBoost, Hyundai HB20 1.0 Turbo e o próprio Golf 1.0 TSI - a exceção é up! 1.0 TSI, que emplaca quase o mesmo volume que a versão aspirada.
Lembrando que os propulsores menores turbinado entregam maior potência, mais torque e economia de combustível.
Por isso, os modelos TSI receberão uma nova nomenclatura na tampa do porta-malas, fazendo referência ao número do torque e não do tamanho do motor (1.0, 1.4 ou 2.0). Caberá ao Polo marcar essa estreia ao exibir o nome '200 TSI' para a opção 1.0 turbo.
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O 200 representa o torque máximo em Nm (Newton metro), uma unidade pouco usada no Brasil, que prefere adotar o kgfm para informar a força necessária empregada para colocar o veículo em movimento quando se pisa no acelerador - 200 Nm equivale aos 20,4 kgfm da ficha técnica do carro.
O desafio será trabalhar bem o significado do número 200 para não confundir o consumidor com a motorização 2.0.
Suspensão à brasileira
A suspensão do Polo foi retrabalhada para atender o perfil do mercado brasileiro, sendo elevada em 20 mm comparado à Europa, com eixo de torção na traseira. Segundo a Volks, a intenção é gerar mais conforto diante da imperfeição das ruas e rodovias brasileiras.
O porta-malas também teve de ser reduzido para comportar o estepe, uma vez que na Europa o carro vem com kit de reparos. A capacidade de carga é de aproximadamente 300 litros.
A nova plataforma possibilita também que o Polo traga de série direção elétrica com assistência variável, controle de tração integrado aos freios ABS e limpeza automática dos freios em situações de chuva quando o limpador do para-brisa está ligado (as pastilhas encostam no disco).
O controle de estabilidade (ESC) estará disponível nas versões com motor TSI, assim como freio a disco nas quatro rodas. Nas versões aspiradas, o ESC será opcional e com freios a tambor na traseira. O sensor de pressão dos pneus, bloqueio eletrônico do diferencia e sistema de frenagem automática pós-colisão também serão oferecido à parte.
Uma medida adotada pela marca para fazer o Polo ser competitivo numa faixa maior de preços, brigando por clientes com Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. As rodas serão de 15, 16 ou 17 polegadas.
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