As atrações das francesas Peugeot e Citroën no Salão de Paris, que abre ao público neste sábado (1.º), são bem familiares do consumidor brasileiro. No estande da marca do leão se destaca o repaginado 3008, que tirou a roupa de crossover para assumir de vez a proposta de utilitário esportivo. No vizinho ao lado, a nova geração do C3 está por todos os lados, até mesmo pendurado na parede.
Para quem aguarda com expectativa a chegada da dupla renovada ao Brasil, uma notícia boa e outra ruim. O novo 3008 estreia no mercado nacional em 2017. Esperava-se que fosse a estrela da Peugeot no Salão de São Paulo, em novembro, mas sua presença foi descartada pela marca aqui em Paris.
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Já o moderno C3, que se transformou em um mini C4 Cactus, não terá cidadania brasileira, tampouco dará as caras em nosso mercado. A Citroën admitiu que já trabalha um novo projeto que substituirá o C3 nacional no futuro.
Descolar do 2008
O 3008 assume um novo perfil ao exibir uma linha de cintura mais alta, para-choques largos, saias laterais, rodas maiores, barras de teto, entre outros componentes visuais. Com porte de SUV, ele quer se descolar de vez do 2008.
A fabricante francesa informa que o carro é 100 kg mais leve do que o antecessor. Parte disso pelo uso da nova plataforma modular EMP2, que também o esticou em 8 cm no comprimento (4,45 m) e 6,2 cm na distância entre-eixos (2,67 m). O resultado é o espaço interno mais amplo e a capacidade do porta-malas subindo para 520 litros (90 l a mais).
O modelo passará a ter o teto preto em todas as versões, com a cor também presente na caída do teto e na traseira.
A dianteira foi inspirada no hatch médio 308. A grade se destaca e é emoldurada por linhas cromadas. Os faróis são bem recortados e vem acompanhados de luz diurna em led pontilhada.
Na traseira, as lanternas em led ganharam assinatura tipo ‘garra de leão’ e são ligadas por um acabamento em preto que percorre toda a tampa do porta-malas. Detalhes com peças cromadas estão espalhadas pelo carro.
A revolução na cabine segue o conceito i-Cockpit, que combina detalhes como o volante pequeno e baixo com o quadro de instrumentos elevado. Os mostradores são digitais, exibidos numa tela configurável de 12,3” colorida.
Há cinco opções de display que mostram, entre outros dados, instruções de rota e alertas para o motorista. Tudo controlado por teclas no volante, que ficou menor, possibilitando uma pegada mais esportiva e dando visão ampla do painel e mais espaço às pernas, segundo a montadora.
O carro também recebeu acerto de suspensão e direção mais esportivo, especialmente nas versões GT e GT Line. No quesito segurança, destaque para o alerta de colisão com frenagem automática, aviso de mudança involuntária de faixa, farol alto automático e aviso de ponto cego.
O modelo vem ainda com sistema de frenagem de emergência, assistentes de estacionamento automático e de partida em subida e de descida.
Na Europa, a novidade está disponível com os motores a gasolina 1.2 Pure Tech, de 130 cv e 1.6 THP, de 165 cv, além dos diesel 1.6, de 100 e 120 cv, e 2.0, de 150 cv e 180 cv. O câmbio é de seis marchas, manual ou automático. No Brasil, o propulsor será a versão 1.6 THP, que equipa o modelo atual - tabelado a partir de R$ 118.990.
Estilo ‘retrô moderno’
Não como passar indiferente pelo estande da Citroën sem dedicar um bom tempo contemplando o camaleônico C3, multiplicado em diferentes cores - são nove opções de tons para a carroceria e três para o teto, que possibilitam 27 combinações.
Conhecida por ousar no design dos carros, a marca do duplo chevron ou ‘V’s invertidos surpreendeu novamente. A terceira geração do C3 mescla elementos modernos e retrô e se destaca pelo elevado nível de acabamento e pacote tecnológico.
O hatch compacto mira na Europa os rivais de quintal Renault Clio e Peugeot 208, usando como arma a forte inspiração na linguagem ousada do irmão maior C4 Cactus. Ele traz o exótico conjunto de iluminação frontal em três 3 níveis: piscas e luzes diurnas acima, faróis ao centro e luzes de neblina abaixo. Uma pequena grade ostenta no centro o logo da montadora embutido.
Nas laterais (e nas portas por dentro), as inovadoras ‘escamas’ trazidas do Cactus. Chamadas de ‘Airbumps’, é uma espécie de almofada cheia de ar que visa proteger o veículo de arranhões e impactos leves.
Na traseira, a criatividade foi comedida, porém não menos sofisticada. As lanternas quadradas inspiradas na linha DS trazem efeito 3D e tecnologia de led. Já o para-choques exibe uma pintura parcial. A carroceria em dois tons ajuda a tornar o modelo ainda mais chamativo.
O interior do C3 é uma experiência de viajar no tempo. Há elementos combinados que misturam o retrô e o moderno. O painel em linhas retas contrasta com a base achatada do volante e o acabamento de cantos arredondados.
Há poucos botões. Boa parte dos recursos de conectividade e conforto está integrada à nova tela de 7” no console central, como sistema de som, GPS, além do central multimídia compatível Apple CarPlay, Android Auto e MirrorLink.
O C3 também estreia nos modelos da Citroën a tecnologia Connect Cam, um sistema acoplado ao retrovisor interno que captura imagens e vídeos para as redes sociais e também de acidentes. Tudo armazenado num HD de 16 Giga.
O hatch ainda foi atualizado com modernos dispositivos de segurança, como monitoramento de pontos cegos e alerta de saída de faixa.
Debaixo do capô, a nova família Puretech 3 cilindros nas versões 1.0, de 68 cv, 1.2, de 82 cv, e 1.2 turbo de 110 cv. O configuração 1.6 BlueHDi roda com diesel e desenvolve 75 ou 100 cv de potência. Por enquanto, a única opção é a caixa manual de seis marchas, porém em breve ele ganhará o câmbio automático de 6 marchas.
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