O sonho de infância de Ruvaldo Weffort Jr., hoje com 45 anos, era comum a qualquer criança que um dia se divertiu com carrinhos de brinquedos: possuir um belo automóvel quando crescer. Mas ele não queria se contentar com um modelo comum. Para ele, quanto mais diferente, melhor. Ao se mudar para Curitiba, na década de 70, começou a concretizar esse desejo. O convívio mais próximo com exemplares hot rods (conceito de carros da primeira metade do século passado com mecânica atualizada) ajudou-o a encontrar o "carro dos sonhos". Já na década de 90, achou no pátio de uma oficina um Chevrolet picape 3100, de 1950. Não possuía pára-lamas traseiros, pára-choques, caçamba e muitas outras peças. Por isso, a camionete consumiu quatro anos de trabalho até ganhar a forma atual.
Na suspensão traseira foram instaladas bolsas de ar, cujo controle de altura é feito no painel, e na dianteira adicionado um eixo rígido, com feixe de molas invertidas, para ficar mais baixo. "O projeto consistia em se fazer um carro alisado, sem a predominância de cromados", comenta o proprietário.
O teto foi rebaixado, trincos de portas, alerta lateral e frisos foram retirados e alisados. Caçamba, estribos e pára-lamas traseiros adaptados num quase conjunto único. O jogo de rodas com aro 17 é modelo Billet Specialties e o motor "cedido" pelo Chevrolet Ômega 4.1. Hoje a Chevy 50 participa de passeios e encontros de carros de época. Segundo Weffort Jr., não existe descrição que contemple na totalidade a sensação de estar sentado num modelo antigo e exclusivo. "Só se tendo um para sentir este gostinho", observa.
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